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Itaú reduz valor mínimo necessário para investimento em 50 fundos

Em alguns casos, o investimento inicial cai de 50 mil reais para 5 mil reais

Agência do Itaú: acesso foi ampliado em fundos de gestores de renome, como Adam e SPX (Itaú/Divulgação)

Agência do Itaú: acesso foi ampliado em fundos de gestores de renome, como Adam e SPX (Itaú/Divulgação)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 7 de fevereiro de 2019 às 05h00.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2019 às 05h00.

São Paulo - O Itaú reduziu o investimento inicial exigido para aplicações em cerca de 50 fundos multimercados e de ações. Em alguns casos, por exemplo, o valor mínimo necessário para ter acesso ao produto cai de 50 mil reais para 5 mil reais.

A ideia é permitir que clientes diversifiquem mais sua carteira de investimentos em um cenário de juros baixos, diz Claudio Sanches, diretor de produtos de investimento do Itaú. "Colocávamos um tíquete maior para os clientes em fundos com maior risco e volatilidade, como forma de protegê-los. Mas quando os juros caiu esse risco passou a compensar mais para investidores com patrimônio menor".

Entre os fundos com acesso ampliado estão produtos da gestora do banco e de concorrentes. Alguns deles são bem conhecidos por sua boa performance e excelência de equipe de gestão, como o Adam Macro Strategy e o SPX Nimitz. Em ambos os fundos citados o investimento mínimo exigido caiu de 50 mil reais para 10 mil reais.

Em média, os 50 fundos cobram taxa de administração de 2% e taxa de performance de 20% sobre o que exceder o CDI.

Os fundos que tiveram taxas reduzidas correspondem à maioria dos produtos das duas categorias que estão na prateleira do banco. A ideia é que todos os fundos da prateleira tenham investimentos mínimos reduzidos. "Só não fizemos a redução em toda a carteira por questões operacionais", esclarece Sanches.

A recomendação do banco é que o risco seja dosado na carteira de investimentos, e não por produto. "Ou seja, tantos clientes de perfil moderado como agressivos encontram espaço para colocar uma parte do seu patrimônio nesses fundos mais arriscados. Eles só não valem para aqueles que têm perfil muito conservador, que não aceitam perdas".

Outros bancos vêm reduzindo o investimento mínimo em fundos, como o BTG. Questionado sobre se a pressão da concorrência pesou sobre a decisão, Sanches diz que o Itaú começou o seu movimento de abertura de prateleira há cerca de dois anos. "Acompanhamos o desenvolvimento do mercado. Verificamos que o pequeno investidor começou a entender mais sobre risco".

É importante ressaltar que, apesar de o acesso aos fundos ter sido ampliado, quase a metade deles ainda é restrita a clientes Personnalité do banco. "Restringimos o acesso a clientes com patrimônio mais robusto no caso de fundos que têm pouca liquidez, cujos recursos só podem ser resgatados depois de seis meses, por exemplo. Também temos essa cautela quando o produto tem um risco mais complexo".

A contratação de todos os fundos de investimento pode ser feita pela internet, celular, caixas eletrônicos e agências do banco.

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