Cotações em alta: 2,5 milhões de brasileiros já investem na bolsa de valores (Caroline Purser / The Image Bank/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 26 de junho de 2020 às 18h40.
Última atualização em 29 de junho de 2020 às 19h17.
Os brasileiros estão descobrindo novas formas de investir. Na bolsa de valores, o número de investidores atingiu, em maio de 2020, a marca inédita de 2,5 milhões de pessoas — há quatro anos, em 2016, eram 564.000. Enquanto isso, o juro básico do Brasil, hoje em 2,25% ao ano, dificilmente irá retornar para a faixa de dois dígitos como visto até o fim de 2017, ainda que suba no futuro, segundo diversos especialistas do mercado financeiro. Em outras palavras: a motivação para os investidores investirem melhor veio para ficar. O mercado de investimentos está muito mais acessível do que no passado e, quem quiser sair na frente, deve aproveitar a oportunidade.
É nesse contexto que surge a mais nova parceria do mercado para estimular o investimento aliado ao conhecimento. A EXAME Research, área de análise de investimentos da EXAME, fechou uma parceria com o BTG Pactual Digital, uma das maiores plataformas de investimento no Brasil. Durante o próximo mês, quem abrir conta na instituição terá direito a corretagem gratuita por 30 dias. Não são cobradas taxas de nenhuma natureza nem há um valor mínimo para o aporte inicial. E o melhor, sem sair de casa. Todo o processo do BTG Digital é realizado online.
“Ainda há espaço, muito espaço, para investir. No Brasil, hoje, o percentual da população que aplica na B3, a bolsa brasileira, é de pouco mais de 1% do total. Como comparativo, nos Estados Unidos, esse percentual supera os 50%”, diz o CIO da EXAME Research, a casa de análises da EXAME, Renato Mimica. “Mas isso não deveria significar uma corrida desenfreada. A oportunidade é um fato, ela existe, mas investir na bolsa exige uma educação financeira que o brasileiro, infelizmente, ainda não possui”, completa.
Com as recentes mudanças na economia mundial, o conhecimento em finanças pessoais se tornou ainda mais premente. Milhares de novatos tiraram seus investimentos de alternativas mais arriscadas, em virtude das quedas ocorridas no início da pandemia, em março. Se tivessem orientação e conhecimento, teriam esperado mais tempo e recuperado parte de seu dinheiro, conforme especialistas.
"Antes, a bolsa sofria a concorrência desleal da renda fixa. Era muito mais racional investir em um fundo ou título de renda fixa, que é um investimento de baixo risco, e ter um ganho de 1% ao mês, do que correr alto risco ao comprar ações para tentar ganhar um pouco mais", diz Juliana Machado, especialista em fundos, da EXAME Research. Hoje, esse conhecimento mínimo sobre investimentos deixou de ser opcional, na leitura da especialista. “É isso ou correr o risco de ter só uma rentabilidade como a da poupança, que fica abaixo até da inflação.”