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Carteira com base em metas: gestora quer mudar lógica de investimento

Carteira montada e gerenciada por algoritmos conforme objetivos da pessoa, o goal based investing, amplia aderência do investidor, prevê Magnetis

Luciano Tavares, CEO da gestora Magnetis:  aposta em novo serviço para melhorar a experiência do investidor (Leandro Caproni/Divulgação)

Luciano Tavares, CEO da gestora Magnetis: aposta em novo serviço para melhorar a experiência do investidor (Leandro Caproni/Divulgação)

MS

Marcelo Sakate

Publicado em 22 de outubro de 2020 às 06h00.

Última atualização em 22 de outubro de 2020 às 09h57.

Em vez da maior rentabilidade possível em produtos, uma carteira de investimentos montada em cima de objetivos com prazos. O desenvolvimento do mercado brasileiro continua a se refletir no aumento de produtos e serviços à disposição do investidor de varejo. Desta vez, a novidade é o goal based investing, ou investimento com base em metas, na tradução literal. O serviço é lançado pela gestora digital Magnetis, com base em algoritmos que fazem a recomendação de uma carteira com diferentes ativos para o investidor. Ganha pouco, mas gostaria de começar a guardar dinheiro e investir? Aprenda com a EXAME Academy.

"É uma solução que torna o investimento mais tangível para o cliente. Fizemos testes desde o início do ano e eles mostraram uma aderência maior dos clientes ao plano de investimentos", afirma Luciano Tavares, fundador e CEO da Magnetis. Segundo ele, dispor de informações sobre os valores necessários, por exemplo, para custear a faculdade do filho ou fazer uma viagem deixa as pessoas mais disciplinadas para alcançar as metas.

Embora rara ou até então inédita no país, a ferramenta é comum nos Estados Unidos, sendo oferecida, por exemplo, por corretoras independentes como a Charles Schwab.

A montagem da carteira é feita por algoritmos, que levam em conta desde o perfil de risco do investidor -- premissa no mercado -- até os objetivos de valor acumulado e de prazos para que isso aconteça. O modelo proprietário -- ou seja, com desenvolvimento próprio -- monta então uma carteira que busque ampliar a probabilidade de que a meta seja objetiva, ajustada ao risco. E faz o acompanhamento das condições de mercado.

Tavares diz que o modelo vai apontar também a impossibilidade ou baixa probabilidade de conquista de certos objetivos caso o valor desejado seja muito alto diante de um volume investido mais baixo ou mesmo de prazos curtos demais. "O investidor será levado a uma expectativa mais realista do que será possível alcançar ou não", afirma o gestor. Em situações assim, explica, caberá ao investidor abandonar o objetivo, alongar o prazo ou decidir -- caso tenha condições de fazê-lo -- aumentar os valores aportados.

O serviço estará disponível na Magnetis para investimentos a partir de 1.000 reais, que é o valor mínimo de aplicação da gestora. A Magnetis, que funciona no modelo fiduciário (fee based, em inglês) e é remunerada com uma taxa única de 0,6% ao ano sobre o valor investido, não cobrará pela ferramenta. A expectativa é que mais de dois terços da atual base de cerca de 7.000 clientes -- cujo patrimônio sob gestão chega a 500 milhões de reais --  decida aderir ao goal based investing em um período de doze meses.

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