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Empresas de vida longa podem se beneficiar da experiência acumulada ao longo dos anos — mas ficar presas à tradição pode ter um efeito negativo
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Taurus: a principal acionista da Taurus já tem uma joint ventures com a indiana SSS Springs (Diego Vara/Reuters)
Publicado em 27 de fevereiro de 2020 às, 05h00.
Última atualização em 12 de fevereiro de 2021 às, 15h41.
Empresas de vida longa podem se beneficiar da experiência acumulada ao longo dos anos — mas ficar presas à tradição pode ter um efeito negativo. Foi o que ocorreu com a Taurus, fabricante gaúcha de armas. Comprada em 2014 pela Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC), a empresa fundada em 1939 encontrava-se mergulhada em dívidas. “Ela estava perdida, sem processos definidos e com prejuízo acumulado”, diz Salesio Nuhs, presidente da Taurus. Depois de mapear os processos e realizar diagnósticos, a nova gestão iniciou uma transformação total da companhia.
Colocou em prática ações para recuperar o caixa, como a renegociação de dívidas com credores, e tratou de reorganizar a casa: todos os processos foram revistos e, onde foi possível, automatizados. Nesse percurso, a Taurus se desfez de negócios secundários para concentrar seus investimentos no mercado de armas de fogo. Com um portfólio mais amplo e atualizado, conseguiu conquistar novos mercados. O resultado foi positivo: saiu de um prejuízo de 286 milhões de reais, em 2017, para um lucro líquido superior a 20 milhões, nos três primeiros trimestres de 2019 (os dados do último trimestre ainda não foram fechados). Veja o passo a passo da reestruturação.
