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Senhores, façam suas apólices

O americano Gary Countryman, 57 anos, presidente mundial da Liberty Mutual, uma das maiores seguradoras dos Estados Unidos, é daqueles executivos estrangeiros entusiasmados com o Brasil. No seu caso, o entusiasmo traduziu-se em atitudes concretas. A Liberty comprou a Paulista Seguros,  por 105 milhões de dólares, e já investiu outros 47 milhões numa operação de […]

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Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2011 às 16h55.

O americano Gary Countryman, 57 anos, presidente mundial da Liberty Mutual, uma das maiores seguradoras dos Estados Unidos, é daqueles executivos estrangeiros entusiasmados com o Brasil. No seu caso, o entusiasmo traduziu-se em atitudes concretas. A Liberty comprou a Paulista Seguros,  por 105 milhões de dólares, e já investiu outros 47 milhões numa operação de aumento de capital. "O Plano Real vai provocar um crescimento significativo da classe mdia brasileira nos próximos anos, com efeitos multiplicadores no consumo de apólices de seguros", diz Countryman. Recentemente ele veio ao Brasil e concedeu a seguinte entrevista a EXAME:</p>

EXAME - Além da Liberty, a Aetna, a Allianz e a Hartford estão apostando no Brasil. O que explica a chegada de tantos nomes estrangeiros?

COUNTRYMAN - O Brasil é a maior economia da América Latina e produziu um grau de estabilidade econômica que não havia no passado recente. Com a consolidação da estabilidade, o país dever passar por um longo período de crescimento. Na América Latina, o crescimento da área de seguros dever ser no mínimo duas vezes maior que o dos Estados Unidos, estimado em 5% ao ano - e isso é suficiente para nós.

Em que medida a estabilidade incrementa o mercado de seguros?

Com o Plano Real, o Brasil está incorporando milhões de consumidores ao mercado. Antes, só a classe A consumia seguros. No Brasil, o mercado de seguros fatura 15 bilhões de dólares anuais. apenas 20% do seu potencial. Além do aumento do poder aquisitivo das classes D e E, existe hoje uma classe média emergente. Com o seu crescimento, mais pessoas vão comprar não apenas seguros como também um leque maior de produtos.

Em que áreas a Liberty pretende atuar no país?

Queremos trabalhar nas áreas de seguros pessoais, comerciais e industriais. Também estamos interessados na área de seguros de acidentes de trabalho, na qual somos líderes mundiais. Infelizmente, o Brasil tem uma enorme taxa de acidentes de trabalho. Temos de prevenir e reabilitar os trabalhadores quando acontece um acidente. Estamos pensando também em entrar na área de seguro-saúde, mas ainda não tomamos a decisão final.

O que o consumidor tem a ganhar com a entrada das seguradoras estrangeiras?

Com a chegada de novos concorrentes, veremos o lançamento de novos produtos e novos serviços a preços mais baixos. Os preços dos seguros de vida no Brasil, por exemplo, são 10 vezes maiores que nos Estados Unidos. Os consumidores também deverão se tornar cada vez mais sofisticados na hora de decidir o que comprar, de quem comprar, a que preço e com qual qualidade.

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