Tecnologia e práticas regenerativas podem alavancar agricultura mais sustentável (Thomas Barwick/Getty Images)
Repórter de agro e macroeconomia
Publicado em 18 de dezembro de 2025 às 06h00.
A agricultura regenerativa deve ganhar espaço em 2026. O conceito — que envolve restauração do solo, da biodiversidade e dos ecossistemas — entrou de vez na agenda do governo e de empresas como Bayer, Nestlé e Basf.
Durante a COP30, o governo e a ONU lançaram o Raiz, iniciativa para captar recursos e compartilhar tecnologias voltadas à recuperação de áreas agrícolas degradadas. Em 2026, o governo apresentará o Plano Clima, que vai orientar ações de adaptação e mitigação até 2035.
“Ao regenerar áreas, o produtor protege sua atividade e aumenta a resiliência climática”, afirma o cientista Carlos Nobre.
O governo está otimista e estima mobilizar até 11 bilhões de dólares em práticas como a recuperação de pastagens degradadas até 2027 por meio do EcoInvest, programa brasileiro para atrair capital privado para financiar a transformação ecológica no país.
“É preciso envolver o setor público, o privado e fundos mistos, como o blended finance. O EcoInvest é um exemplo”, diz Gabriela Mota, pesquisadora do Insper Agro.