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Theresa May e Jean-Claude Juncker: as declarações do presidente da Comissão Europeia atrapalharam os planos da primeira-ministra britânica (Hannah Mckay/Reuters)
Raphaela Sereno
Publicado em 19 de junho de 2017 às 17h34.
São Paulo — Após o resultado eleitoral desastroso para o Partido Conservador no Reino Unido, o governo da primeira-ministra britânica, Theresa May, vive seu momento mais crítico. Justamente quando ela esperava chegar à mesa de negociações do Brexit contando com apoio incondicional dos britânicos, seu partido perdeu a posição majoritária no Parlamento e ficou enfraquecido — numa prova de que, nas disputas eleitorais, nenhum desfecho é garantido, por mais que as pesquisas digam o contrário. Theresa admitiu a culpa pelo desempenho ruim nas urnas e viu-se no centro de uma crise que ameaça a continuidade de seu governo: já há políticos de seu partido pedindo a renúncia dela. Para se manter na liderança do país, Theresa demitiu seus dois principais assessores, trocou ministros e firmou uma aliança com o nanico Partido Unionista Democrático, da Irlanda do Norte, para garantir o controle no Parlamento.