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O que esperar da recém-anunciada parceria entre Porsche e TAG Heuer?

Aliança envolve desde o desenvolvimento de produtos até o compartilhamento de estratégias de marketing

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Carrera Porsche Chronograph: início da parceria (Divulgação/Divulgação)

Carrera Porsche Chronograph: início da parceria (Divulgação/Divulgação)

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Daniel Salles

Publicado em 11 de fevereiro de 2021, 05h47.

Oficialmente anunciada no dia 4 deste mês, a aliança da TAG Heuer com a Porsche é fruto de um longo namoro. Formalmente, começou com o motor que a TAG, originalmente uma empresa de equipamentos como turbocompressores, desenvolveu em conjunto com a montadora alemã nos anos 1980 para a McLaren — bem aquele com o qual Niki Lauda venceu o campeonato de Fórmula 1 de 1984 e Alain Prost levou os títulos de 1985 e 1986. No universo do automobilismo, a parceria mais recente remonta a 2019, quando as duas marcas lançaram uma escuderia na Fórmula E. 

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A quantidade de laços informais, no entanto, é bem maior. O motor mais poderoso da Porsche e uma das linhas mais festejadas da maison suíça, por exemplo, têm o mesmo nome: Carrera, homenagem à corrida de carros mais eletrizante do México.

E vale lembrar que no filme As 24 Horas de Le Mans, de 1971, Steve McQueen (1930-1980) dirige um Porsche 917 enquanto empunha outro relógio icônico da TAG, o Monaco, com seu inigualável formato quadrado. 

Outro link memorável se deve a Jo Siffert (1936-1971), piloto suíço que ganhou fama a bordo de bólidos da montadora alemã. Para contratá-lo como garoto-propaganda nos anos 1960, a relojoaria lhe ofereceu 25.000 francos suíços, valor tido como baixo, e o sinal verde para comprar os relógios dela a preço de atacado para revendê-los a clientes finais. Deu certo.

Reza a lenda que, no final da temporada de Fórmula 1 de 1969, metade do paddock ostentava um relógio da marca. Outra coincidência, não exatamente fortuita: o ator Patrick Dempsey, de Grey’s Anatomy, atualmente é embaixador das duas companhias. 

“Há quem ache que sempre trabalhamos juntos”, disse, por meio de uma chamada de vídeo, Frédéric Arnault, CEO da TAG. “Isso porque, historicamente, somos a relojoaria com mais ligações autênticas com o automobilismo e porque as duas marcas têm mentalidade e DNA parecidos.”

Filho do terceiro homem mais rico do mundo, Bernard Arnault — presidente e acionista majoritário da LVMH, dona da TAG —, Frédéric concedeu entrevista exclusiva à ­Casual EXAME em conjunto com um dos integrantes do conselho executivo de vendas e marketing da Porsche, Detlev von Platen. “São duas marcas que conseguiram se reinventar sem apagar suas histórias”, disse Platen. 

Não se trata de uma fusão, convém esclarecer. Na prática, a aliança se traduz no lançamento de produtos desenvolvidos em conjunto e no compartilhamento de estratégias de marketing, o que inclui a promoção de eventos simultâneos para compradores em potencial.

“O objetivo maior é dividir insights que ajudem as duas marcas a continuar relevantes no futuro e a enfrentar com mais força os atuais desafios da relojoaria e da indústria automotiva”, acrescentou Platen.

O primeiro fruto da aliança já está disponível para o pulso dos fãs das duas marcas. Trata-se do TAG Heuer Carrera ­Porsche Chronograph, lançado neste mês. O relógio, no qual se lê o nome da montadora, exalta as três cores dela — vermelho, preto e cinza. O mostrador remete ao asfalto e os algarismos são os mesmos que se avistam no painel de um Porsche.

A novidade tem caixa de 44 milímetros de diâmetro e pulseira de aço ou couro (a partir de 41.593 reais). Podemos esperar um Porsche com o nome da TAG? “Seremos bem imaginativos ao criar mais produtos em comum, mas só revelaremos cada um deles na hora certa”, despistou Platen.  

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