Revista Exame

Como aplicar 50.000 reais com prudência hoje em dia

Perguntamos a empresários, executivos do mercado financeiro e a um consultor estrangeiro quais são as melhores opções de investimento hoje. Eles deram alternativas para quem tem cerca de 50 000 reais para aplicar. Veja o que disseram

Omilton Visconde Júnior, empresário do setor farmacêutico (Germano Lüders/EXAME)

Omilton Visconde Júnior, empresário do setor farmacêutico (Germano Lüders/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2014 às 19h02.

Omilton Visconde Júnior, empresário do setor farmacêutico. Vendeu o laboratório Biosintética e é dono do MIP Farma:

"Metade de meu patrimônio, atualmente, está em aplicações de renda fixa. Os juros estão elevados, então o rendimento de investimentos conservadores tem compensado. O restante de meus recursos está dividido entre imóveis, fundos multimercados e os investimentos que faço em novos negócios.

Não corro o risco da bolsa. Se for para colocar dinheiro em alguma empresa, prefiro que seja sócio. Mas, se eu tivesse apenas 50 000 reais para aplicar, colocaria tudo em títulos públicos, porque é preciso se preocupar com a preservação do patrimônio." 

Ian Bremmer, cientista político:

"Os Estados Unidos são o melhor lugar para investir hoje. Acho que a recuperação da economia será mais intensa do que muita gente espera, e uma maneira de ganhar dinheiro com isso é investir em ações de setores em que o país tem vantagem competitiva, como os de tecnologia e energia alternativa.

Não estou aplicando em nada relacionado à indústria de petróleo, porque acho que os preços tendem a cair com a ascensão de energias alternativas.” 

Márcio Utsch, presidente da Alpargatas:

"Acredito que os juros vão continuar subindo nos próximos meses no país. Por isso, aplico uma parcela de meus recursos em CDBs e em outros títulos ou fundos que acompanham a variação da taxa Selic. É uma opção conservadora para o momento atual.” 

Demian Fiocca, sócio da MARE, gestora de fundos de private equity:

"Voltei a investir em títulos públicos atrelados à inflação quando passaram a pagar mais de 6% ao ano acima do IPCA. É uma ótima chance de garantir um retorno real elevado por alguns anos. Também estou aplicando na Bovespa.

A desvalorização de 2013 criou oportunidades para quem tem visão de longo prazo. Mas não compro ações diretamente. Prefiro aplicar em fundos. Escolho gestores que tiveram bons resultados por, pelo menos, dois anos.” 

Bernardo Parnes, presidente do Deutsche Bank no Brasil:

"Vale a pena investir um pouco mais em ações do que em renda fixa. Há oportunidades interessantes nas bolsas europeias: a retomada da economia deve elevar os lucros das empresas. Em renda fixa, as melhores opções estão no Brasil, como os títulos públicos atrelados à inflação, as LCIs e as LCAs.

Também deixei um pouco de dinheiro separado para aproveitar oportunidades que podem surgir ao longo do ano.” 

Acompanhe tudo sobre:aplicacoes-financeirasConsultoresdicas-de-financas-pessoaisEdição 1058EmpresáriosExecutivosGuia de AçõesImigraçãoPrivate equityrenda-fixarenda-variavel

Mais de Revista Exame

Borgonha 2024: a safra mais desafiadora e inesquecível da década

Maior mercado do Brasil, São Paulo mostra resiliência com alta renda e vislumbra retomada do centro

Entre luxo e baixa renda, classe média perde espaço no mercado imobiliário

A super onda do imóvel popular: como o MCMV vem impulsionando as construtoras de baixa renda