EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 18 de fevereiro de 2011 às 12h08.
O conde Francesco Matarazzo é costumeiramente lembrado como um dos maiores empresários da história no Brasil, ao lado de outros empreendedores igualmente importantes no início do século 20. Chega às livrarias agora em novembro uma obra definitiva a respeito do conde que ajusta essa percepção. O livro é Matarazzo, do escritor Ronaldo Costa Couto, editado pela Planeta e composto de dois volumes: Travessia e Colosso Brasileiro (360 páginas cada um. Separados, custam 49,90 reais. Juntos, 90 reais). EXAME teve acesso aos volumes, ponto de partida desta reportagem. O material reunido por Costa Couto autoriza a seguinte conclusão: o conde Francesco Matarazzo não foi apenas um dos maiores empresários da história brasileira. Matarazzo foi o maior empreendedor do país em todos os tempos e ainda um dos nomes de destaque do capitalismo mundial. Matarazzo não ergueu dez, 20 ou 50 fábricas. Foram 200. Isso mesmo: 200 fábricas. Ao lado delas, Matarazzo deixou também hidrelétricas e ferrovias -- assim mesmo, no plural --, empresa de navegação, banco, fazendas, milhares de terrenos urbanos e prédios, além de filiais na Argentina, nos Estados Unidos e na Europa. No auge, chegou a empregar 30 000 pessoas. Para efeito de comparação, o Banco do Brasil tinha, na virada do século, 133 funcionários. Atualmente, a Gerdau tem 14 000 empregados. Ao morrer, em 1937, Matarazzo possuía um patrimônio estimado em 20 bilhões de dólares corrigidos aos dias de hoje pela inflação americana. Em terras brasileiras, nenhum capitalista voou tão alto.