Protesto por igualdade nos Estados Unidos: as mulheres voltaram a ser mais numerosas do que os homens na força de trabalho do país (Erik McGregor/Pacific Press/LightRocket/Getty Images)
Gabriela Ruic
Publicado em 16 de janeiro de 2020 às 05h00.
Última atualização em 16 de janeiro de 2020 às 11h14.
As mulheres estão se tornando uma presença cada vez mais marcante no mercado de trabalho dos Estados Unidos. Pela primeira vez em uma década, elas superaram o número de homens, ocupando 50,04% dos postos de trabalho (excluindo trabalhadores rurais e autônomos) e superando os homens em 109.000. É o que revelaram os dados mais recentes do Departamento de Trabalho dos Estados Unidos, divulgados em 2020 e referentes a dezembro de 2019.
Os dados mostram, ainda, que as mulheres com idade entre 25 e 54 anos retornaram ao mercado de trabalho em maior número que os homens desde 2010, no pós-crise. Os economistas atribuem os bons indicadores ao crescimento de setores tradicionalmente ocupados pelas mulheres, como educação e saúde, que representaram 25% dos 145.000 empregos criados em dezembro. Essa conquista feminina no mercado de trabalho dos Estados Unidos é, sem dúvida, um marco importante. Mas, apesar da boa notícia, a diferença de salário entre homens e mulheres com o mesmo cargo ainda é gritante no país. Para cada dólar que os homens ganham, as mulheres recebem apenas 81 centavos.
Um crescimento de 86% no ano?
Há anos a economia na América Latina deixa a desejar. Em 2020, contudo, um pequeno país deve ser uma surpreendente exceção. Segundo o FMI, a economia da Guiana deve crescer 86% neste ano (a média regional prevista é de 1,3%). O motor do crescimento é o petróleo, que passou a ser extraído no fim de 2019. A previsão é que a produção chegue a 870.000 barris por dia até 2025. Não é suficiente para colocar a ex-colônia inglesa entre os grandes produtores, mas pode garantir prosperidade ao país de 777.000 habitantes — se o dinheiro for gasto com sabedoria.
As despesas devem dobrar em 2020
O rápido envelhecimento da população tem tido um impacto considerável nos gastos com saúde mundo afora. Segundo um relatório recente da consultoria Economist Intelligence Unit, esse tipo de despesa deve crescer 6,2% em 2020, o dobro do observado no ano passado, somando mais de 10% do PIB mundial. A análise da consultoria foi feita com base nos dados de 60 países. As regiões que devem registrar a maior taxa de crescimento nas despesas são o Oriente Médio e a África, seguidas por Ásia e Austrália e pela Europa Ocidental. No entanto, os dois maiores mercados para o setor de saúde em 2020 serão os Estados Unidos e a China. O curioso é que os dois países vivem momentos distintos. Nos Estados Unidos, a expectativa é que a expansão dos gastos desacelere de 4,4%, em 2019, para 3,9%, neste ano. Já na China a tendência é de aumento (de 2,2% para 4,8%), com o maior investimento no tratamento de doenças crônicas e de idosos. A medida faz parte de um plano do governo chinês para aumentar a expectativa de vida da população dos atuais 76 anos para 79 até 2030, acima da média global, de 72 anos.