Luiza Trajano, do Magazine Luiza: transmissão semanal ao vivo para os 23 000 funcionários (LAILSON SANTOS/EXAME)
Da Redação
Publicado em 6 de junho de 2013 às 18h32.
São Paulo - É de esperar que executivos e empresários tenham uma projeção proporcional à das empresas que comandam. Mas o levantamento elaborado para EXAME mostra que a equivalência entre líderes e empresas nem sempre acontece de maneira linear.
O primeiro colocado da lista de executivos com melhor reputação, por exemplo, é o empresário Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do conselho de administração da siderúrgica Gerdau. A companhia de sua família, porém, aparece em sexto lugar entre as de melhor reputação.
Uma das explicações está na agenda pública que o empresário construiu na última década. Sua principal bandeira tem sido levar a eficiência para a gestão pública. O auge dessa trajetória aconteceu em maio de 2011, quando ele assumiu a Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade, responsável por criar programas de eficiência e corte de custos no governo federal.
Líderes carismáticos também tendem a construir uma imagem maior do que a de suas empresas. É o caso da fundadora e presidente da rede de varejo Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano. Ela é a oitava líder mais admirada (enquanto sua empresa aparece em 26º lugar). Quem entrar no 1º andar da sede da empresa, na Marginal Tietê, em São Paulo, logo depara com sua sala.
Ao contrário de muitos presidentes reclusos no último andar do prédio, Luiza Helena quer ser vista e ver todo mundo. Para se aproximar de seus 23 000 funcionários espalhados por 490 municípios, todas as quintas-feiras, às 8 da manhã, Luiza entra ao vivo na rede interna de televisão da empresa para falar por meia hora.
“Pode ser sobre política ou qualquer assunto quente. Meus funcionários sabem quem sou e o que penso”, afirma. A TV Luiza existe há 18 anos, assim como um canal em que funcionários podem entrar em contato com ela caso se sintam injustiçados.
Luiza também já participou de propagandas da loja e responde todos os e-mails de clientes que chegam em sua caixa de mensagens, o que faz dela uma figura popular também fora da empresa.
A pesquisa aponta também alguns nomes que desapareceram dos holofotes após deixarem cargos em grandes corporações, mas que continuam na memória do público. É o caso de Roger Agnelli, que deixou a presidência da Vale em 2011. Durante os dez anos em que Agnelli esteve à frente da mineradora, as receitas cresceram 11 vezes.
Hoje, ele preside a AGN Participações, que investe em projetos de commodities. “Ter construído uma reputação naquele período foi fundamental para essa nova fase”, afirma Agnelli.
Os mais poderosos
Posição | Nome | Nota de zero a 10 000 |
---|---|---|
1º | Jorge Gerdau (Gerdau) | 10 000 |
2º | Eike Batista (Grupo EBX) | 9 960 |
3º | Roberto Setubal (Itaú Unibanco) | 8 541 |
4º | Abilio Diniz (Pão de Açúcar e BRF) | 7 650 |
5º | Antônio Ermírio de Moraes (Votorantim) | 7 181 |
6º | Fábio Barbosa (Grupo Abril) | 6 624 |
7º | Maria Das Graças Foster (Petrobras) | 6 520 |
8º | Luiza Helena Trajano (Magazine Luiza) | 6 333 |
9º | Roger Agnelli (AGN Participações) | 5 882 |
10º | Alessandro Carlucci (Natura) | 5 777 |
11º | Guilherme Leal (Natura) | 5 426 |
12º | Ivan Zurita (Ex-Nestlé) | 5 096 |
13º | Jorge Paulo Lemann (3G Capital) | 5 089 |
14º | João Castro Neves (Ambev) | 4 822 |
15º | Luiz Carlos Trabuco Cappi (Bradesco) | 4 800 |
16º | Murilo Ferreira (Vale) | 4 795 |
17º | Cledorvino Belini (Fiat) | 4 730 |
18º | André Esteves (BTG Capital) | 4 642 |
19º | Marcelo Odebrecht (Odebrecht) | 4 523 |
20º | Silvio Santos (Grupo Silvio Santos) | 4 439 |