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Nossos desafios são de alto risco e de longo prazo, diz chefe da Embrapa

A Embrapa, segundo seu presidente, Maurício Antônio Lopes, deve direcionar pesquisas para as áreas importantes onde o setor privado não está

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Lopes, da Embrapa: “Precisamos de mecanismos novos para fechar contratos com o setor privado”  (Cristiano Mariz/Exame)

Lopes, da Embrapa: “Precisamos de mecanismos novos para fechar contratos com o setor privado” (Cristiano Mariz/Exame)

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Flávia Furlan

Publicado em 24 de maio de 2018 às, 05h00.

Última atualização em 24 de maio de 2018 às, 05h00.

O agrônomo mineiro Maurício Lopes, presidente da Embrapa, conduz uma reestruturação na empresa. Para ele, a pesquisa pública deve ocupar o espaço onde o setor privado não está. A sensação, de acordo com Lopes, pode ser de que a Embrapa esteja se afastando do produtor, mas isso não é verdade. No cargo desde 2012, ele diz que quer sair em outubro, quando terminará o mandato. Confira a entrevista.

Qual deve ser o foco da Embrapa? 

Não faz sentido direcionar os recursos públicos e escassos para competir com o setor privado. Mas isso não significa que vamos sair de alguma cultura. Olhamos desafios de alto risco e longo prazo, como resistência a doenças ameaçadoras. O setor privado foca o curto prazo e o lucro.

A despesa com pessoal pressiona o orçamento da Embrapa?

Em razão da crise que vivemos, e com os salários crescendo conforme a inflação, houve compressão dos investimentos. Temos 80% do orçamento destinado ao pagamento de pessoal, o que não é absurdo, é o mesmo que faz o instituto de pesquisa francês. Mas queremos chegar a 70%.

Mesmo com o aperto, a Embrapa vai abrir uma nova unidade em Alagoas?

Há quem ache que temos de ficar parados esperando a crise passar. Não estamos numa posição passiva e conservadora. Não sabemos o potencial de retorno dessa unidade porque pesquisa não funciona assim. Mas ela pode dar resultado daqui a 15 anos e abrir caminhos inusitados.

Como acelerar as parcerias com o setor privado?

É comum negociar contratos por três anos porque eles envolvem propriedade intelectual e segurança, e não há como descentralizar esse trabalho para as unidades de pesquisa. Procuramos reduzir prazos, mas não temos meta. O que precisamos é de mecanismos novos, como a subsidiária Embrapatec.

A Embrapa se afastou do produtor?

Existia uma percepção de proximidade porque atuávamos num espaço em que o setor privado hoje atua. Estamos buscando novos caminhos. É insanidade pensar que 2 400 pesquisadores estarão em todo o Brasil.

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