Revista Exame

Mercado de habitação em Curitiba desacelera, mas aluguéis seguem aquecidos

Desempenho mais tímido do mercado é decorrente de uma estabilização na oferta e na demanda

Curitiba: taxa de juro contribuiu para arrefecimento nas vendas, mas manteve aluguéis aquecidos (Booking.com/Divulgação)

Curitiba: taxa de juro contribuiu para arrefecimento nas vendas, mas manteve aluguéis aquecidos (Booking.com/Divulgação)

Janize Colaço
Janize Colaço

Repórter de Invest

Publicado em 26 de outubro de 2023 às 06h00.

Nos últimos 12 meses, o preço médio de imóveis à venda em Curitiba registrou alta de 6,65%, distante do crescimento de 16% anotado no mesmo período de 2022. A tendência de arrefecimento vem de antes: o ciclo de aperto monetário, que fez a taxa de juro alcançar dois dígitos em fevereiro do ano passado, havia pesado para a expansão mais lenta do preço da venda na capital paranaense em 2022, quando comparado com 2021, que ficou em 14,5%.

De acordo com o Sindicato da Habitação e Condomínios do Estado do Paraná (Secovi-PR), o desempenho mais tímido do mercado é decorrente de uma estabilização na oferta e na demanda, após uma aceleração nos últimos três anos.

“As taxas de juro mais elevadas não impediram as vendas nem os financiamentos — sendo estes responsáveis por mais de 60% das aquisições de moradias”, afirma Ricardo Toyofuku, presidente da entidade. Em contrapartida, o preço do aluguel ficou 21% mais caro e acima da média nacional, que foi de 16,3%, segundo o Datazap+.

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