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Agricultura regenerativa: menos CO2 e mais café

A Nestlé aposta na agricultura regenerativa com pequenos produtores para o futuro da cafeicultura, e o Brasil pode ser exemplo para o mundo

Kleber de Souza, cafeicultor em São Sebastião do Paraíso (MG): a bonificação por um café “regenerativo” deve virar tendência de mercado  (Leandro Fonseca/Exame)

Kleber de Souza, cafeicultor em São Sebastião do Paraíso (MG): a bonificação por um café “regenerativo” deve virar tendência de mercado  (Leandro Fonseca/Exame)

Mariana Grilli
Mariana Grilli

Repórter de Agro

Publicado em 25 de maio de 2023 às 06h00.

Do cuidado com o solo surgem os melhores cafés. Mas o contrário também é verdadeiro. De acordo com estudo da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO/ONU), um terço do solo em nível global está moderada ou altamente degradado. A produção do café brasileiro corre o risco de ser impactada diretamente, como conse­quência do empobrecimento da terra e do aumento das temperaturas globais — e com grande risco de prejudicar a safra comercial. “O aumento das temperaturas pode afetar adversamente a produção tradicional de culturas comerciais, como o café no Brasil e na África Ocidental, e a azeitona no Magreb”, aponta o documento. Isso significa que as mudanças climáticas podem mudar a geografia do café, a dinâmica das exportações e as relações comerciais. Grandes conglomerados mundiais já observam quedas sucessivas no nível da qualidade dos grãos produzidos nas lavouras. Não por acaso, produtores, indústria e traders discutem sobre os caminhos da cafeicultura e as providências a tomar imediatamente. Um consenso: reinventar o jeito de produzir café. 

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