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Visão Global – Nos EUA, a produtividade sobe. Já os salários...

Até os anos 80, os dois indicadores caminhavam juntos. Quanto mais se produzia, maiores eram os salários. De lá para cá, houve uma quebra.

Escritório da rede social Facebook nos Estados Unidos: as empresas mais jovens empregam somente 10% dos trabalhadores americanos | Robert Galbraith/Reuters /

Escritório da rede social Facebook nos Estados Unidos: as empresas mais jovens empregam somente 10% dos trabalhadores americanos | Robert Galbraith/Reuters /

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Da Redação

Publicado em 15 de março de 2018 às 05h00.

Última atualização em 2 de agosto de 2018 às 15h45.

Um dado que chama a atenção sobre a economia americana é a disparidade entre a produtividade e os rendimentos da população. Até os anos 80, os dois indicadores caminhavam juntos. Quanto mais se produzia, maiores eram os ganhos para os trabalhadores. De lá para cá, houve uma quebra. A produtividade cresceu e os salários tiraram o pé do acelerador.

Entre 1979 e 2017, a produtividade subiu 97%. Já o rendimento mediano da população aumentou 14%. Alguns fatores ajudam a explicar essa diferença, como o surgimento de novas tecnologias e o aumento do comércio internacional, que reduziram os custos de produção. Outra explicação está no mercado de trabalho. As empresas americanas mais jovens não estão gerando empregos no mesmo ritmo do passado.

Uma evidência disso é que apenas 10% dos empregos estão nas companhias que abriram o capital a partir dos anos 2000,  menos do que nas empresas mais antigas. Segundo um estudo do Brookings Institution, um centro de pesquisas com sede em Washington, essa perda de dinamismo reduz a mobilidade dos trabalhadores entre as empresas e leva a uma estabilidade nos salários. Para os autores do estudo, os Estados Unidos precisam adotar políticas para que as companhias novas possam gerar mais empregos bem remunerados.

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RÚSSIA

POPULARIDADE NAS ALTURAS

Vladimir Putin, da Rússia: criticado no Ocidente, adorado dentro do país | Alexei Druzhinin/Kremlin/Reuters

A Rússia é suspeita de interferir nas eleições nos Estados Unidos, é condenada internacionalmente por ter anexado a região da Crimeia em 2014, é acusada de envenenar adversários do governo e também é criticada por reprimir homossexuais. Nada disso, no entanto, é suficiente para abalar a popularidade do presidente russo, Vladimir Putin, que disputa sua quarta eleição presidencial no dia 18 (a data coincide com o aniversário da anexação da Crimeia). Poucos russos desaprovam o governo Putin, o que explica por que a oposição foi irrelevante na campanha.

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PAÍSES EMERGENTES

LÁ FORA, A NOVA CLASSE MÉDIA CONTINUA FIRME

Shopping em Johannesburgo, na África do Sul: os emergentes lideram o aumento da classe média | Zhai Jianlan/Photoshot/AGB Photo

Uma das mudanças estruturais mais profundas na economia mundial é o crescimento da classe média no planeta. Até os anos 2000, esse grupo era composto principalmente pela população dos países ricos — aproximadamente 1,2 bilhão de pessoas. De lá para cá, vem ocorrendo uma virada. Os habitantes dos países emergentes estão enriquecendo e se tornando a maioria. China e Índia são as grandes responsáveis pela mudança, mas a América Latina e a África também fazem parte do fenômeno.

No Brasil, o crescimento da classe média foi interrompido pela crise, mas no resto do mundo ela continua avançando. Hoje, cerca de 3,2 bilhões de pessoas já estão na classe média e a expectativa é que, até 2020, elas formem mais de 50% da população mundial — uma marca inédita na história. Isso é importante não apenas por causa dos ganhos sociais mas também pelos benefícios econômicos. Atualmente,  os gastos das famílias de classe média somam 35 trilhões de dólares por ano. Em 2030, o número deverá chegar a 63 trilhões de dólares.

Para especialistas do centro de pesquisas Chicago Council on Global Affairs, é preciso que os líderes mundiais deem continuidade a esse enriquecimento, para que as pessoas nas faixas de renda mais baixas possam também melhorar de vida.

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