São Paulo - O bilionário americano Elon Musk é um especialista em transformar loucura em inovação — e em dinheiro, claro. Depois de vender a empresa de pagamentos eletrônicos PayPal em 2002 para o site eBay por 1,5 bilhão de dólares, ele passou a investir numa série de negócios bizarros à primeira vista — e que, contra as expectativas dos mais conservadores, vêm dando certo.

O maior deles é a Tesla, única empresa que consegue a proeza de ganhar dinheiro produzindo carros elétricos. Seu faturamento cresceu 13 vezes em 2013 e o valor de mercado quadruplicou, para 18 bilhões de dólares. Ele também fundou a SpaceX, companhia privada que produz foguetes e equipamentos espaciais.

Parecia coisa de louco, até que Musk fechou um contrato bilionário com a Nasa, agência espacial americana, para transportar mantimentos e, em alguns anos, tripulantes para a Estação Espacial Internacional.

Fora isso, é o principal  acionista de uma das maiores empresas de energia solar, a SolarCity. Recentemente, Musk anunciou que está investindo no desenvolvimento de uma espécie de trem para transportar passageiros por um túnel a mais de 1 200 quilômetros por hora — velocidade superior à dos aviões comerciais.

O fato de Musk ter todas essas ideias, fazer de tudo para colocá-las em prática — e já ganhar dinheiro com várias —, o transformou no empresário mais badalado dos Estados Unidos. Aos 42 anos, foi eleito uma das pessoas mais influentes do mundo pela revista Time.

Também foi escolhido pela Fortune o principal executivo de 2013. Alguns analistas comparam seu poder de inovação ao de Steve Jobs, fundador da Apple.

E já há quem ache que ele pode se tornar o homem mais rico do mundo em alguns anos (hoje, não está nem entre os 500, com uma fortuna de 6,7 bilhões de dólares). Mas, é claro, quase tudo o que ele faz envolve riscos altíssimos — e, por isso, a chance de percalços é enorme. Pode até dar tudo errado no futuro. Mas que será interessante observar a quantas andam as loucuras de Musk, será.