Empresas adotam home office de maneira definitiva (Miakievy/Getty Images)
A Classpert, plataforma de busca de cursos online, teve um crescimento de 90% no início da pandemia. Mas a incerteza sobre o recebimento de um aporte acabou se convertendo na decisão de entregar as chaves do escritório, no Rio de Janeiro, e adotar o modelo home office de maneira definitiva, em março de 2020. “A economia foi de 80.000 reais, logo de cara”, diz Felipe Bernardes, fundador da Classpert. Meses depois, a startup concluiu sua primeira captação seed de 5 milhões de reais, liderada pelos fundos Iporanga Ventures e Canary.
Além dos gastos com aluguel, outros custos dispensáveis foram eliminados pela empresa com a migração para o online. Um exemplo está nos custos com os processos de contratação.
A empresa passou a realizar seus próprios programas de recrutamento, eliminando terceiros no meio do caminho. A decisão gerou uma economia de 20.000 a 50.000 reais por contratação, segundo Bernardes. Antes disso, as empresas de recrutamento contratadas pela Classpert cobravam uma porcentagem anual do salário dos profissionais recrutados.
Para a startup, esses gastos não eram irrisórios, pois a maior parte da mão de obra é formada por profissionais de tecnologia com médias salariais altas. “Para uma startup, qualquer centavo é precioso”, diz. O modelo online também permitiu a entrada de profissionais de fora do Brasil, como da Suécia e dos Estados Unidos.