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Metade dos brasileiros tem medo de fazer compras presenciais, diz pesquisa

Os dados são da sexta rodada de uma pesquisa da consultoria Oliver Wyman, feita com 3.000 brasileiros entre os meses de maio e julho

Shopping em São Paulo: número de casos precisa diminuir para a confiança voltar (Marlon Costa)

Shopping em São Paulo: número de casos precisa diminuir para a confiança voltar (Marlon Costa)

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Gilson Garrett Jr

Publicado em 8 de outubro de 2020 às 05h30.

Última atualização em 11 de fevereiro de 2021 às 15h43.

A primeira etapa da campanha de imunização contra a covid-19 está prevista para começar no dia 15 de dezembro, segundo estimativas do governo de São Paulo. Na previsão do Ministério da Saúde, somente em janeiro de 2021. Isso, claro, se der tudo certo nos testes em curso no país.

Enquanto uma vacina não vem, o consumo presencial também está fora de cogitação para uma parte significativa da população. Metade dos brasileiros afirma estar com medo de fazer compras pessoalmente. Para 42%, um pouco mais otimistas, a segurança só virá quando o número diário de casos registrar uma queda significativa, o que ainda não ocorreu. E boa parte das pessoas, 45%, se sente desconfortável em fazer atividades fora de casa. Os dados são da sexta rodada de uma pesquisa da consultoria Oliver Wyman, feita com 3.000 brasileiros entre os meses de maio e julho.

O objetivo dos pesquisadores era entender como a confiança e o comportamento de compra foram mudando durante a pandemia. A pesquisa revela que as compras online foram o meio mais eficiente de driblar o medo na hora de adquirir algum produto. Entre os entrevistados que declararam que foram infectados pelo coronavírus ou tiveram casos na família, 50% aumentaram consideravelmente as compras por meio da internet.

O Brasil ultrapassou a marca de 5 milhões de casos e está perto de chegar a 150.000 mortes causadas pela covid-19. Nos últimos meses, o número diá­rio de vítimas e infectados vem caindo a passos lentos. Em média, são 700 óbitos por dia no país. Embora a expectativa seja grande, não há certeza de que a vacina seja aplicada ainda em 2020.

Todo o processo depende da fase de finalização dos testes e do registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Nas melhores estimativas, toda a população será imunizada até o fim de 2021. Até lá, o medo de sair de casa para comprar deve persistir.

 

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