Revista Exame

Com estes três passos, a Alelo contornou a concorrência

A administradora de cartões Alelo perdeu o foco e acabou abrindo espaço para a concorrência. Veja como ela reverteu esse cenário.

Sede da Alelo: com a mudança no sistema de promoção, a taxa de rotatividade dos funcionários caiu para menos da metade (Germano Luders/Exame/Exame)

Sede da Alelo: com a mudança no sistema de promoção, a taxa de rotatividade dos funcionários caiu para menos da metade (Germano Luders/Exame/Exame)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2016 às 05h56.

São Paulo — Em 2013, quando o executivo Eduardo Gouveia assumiu a presidência da Alelo, administradora de cartões de benefícios e pré-pagos, percebeu que deveria ter como norte fortalecer o negócio da companhia.

Isso porque, nos dois anos anteriores, a Alelo tinha usado parte de seus recursos financeiros, e também a dedicação de muitos de seus empregados, para estruturar outros negócios da holding a qual pertence — a Elopar, que reúne empresas de serviços financeiros do Banco do Brasil e do Bradesco, fundada em 2011.

A dispersão de esforços teve um efeito colateral indesejado: a Alelo perdeu o foco e, com isso, abriu espaço para a concorrência. Para reverter esse quadro, a direção da empresa revisou mais de uma centena de processos para ganhar eficiência.

Não sem antes perguntar aos funcionários o que impulsionaria o futuro da companhia — 480 dos 600 empregados participaram da pesquisa. A conclusão foi que, antes de mais nada, era preciso tornar a Alelo, fundada há 13 anos e atual líder de mercado, mais meritocrática. Veja o que foi feito para alcançar esse objetivo e os resultados obtidos.

1. Isenção

Até 2014, a promoção de um funcionário era definida com base apenas na avaliação de seu chefe direto. Desde então esse julgamento é calibrado por um “comitê de meritocracia” — grupo que, além do chefe, conta com cerca de 30 profissionais de diferentes níveis hierárquicos. Além disso, pelo menos 20% desses participantes pertencem a áreas diferentes da do funcionário em questão.

2. Transparência

A diretoria concentrou as promoções em maio e novembro, meses em que essas movimentações são divulgadas oficialmente para toda a empresa durante um evento e em seus canais digitais. Em paralelo, a Alelo criou um programa de recrutamento interno. Antes, as vagas
disponíveis raramente eram anunciadas, pois os executivos não tinham como diretriz privilegiar os funcionários da casa na seleção.

3. Incentivo

Em 2016, a empresa passou a reconhecer as atitudes dos funcionários que se destacam no dia a dia. Isso é feito por meio de um sistema online, no qual qualquer empregado pode fazer elogios a um colega. Basta explicar o motivo. Em eventos informais, os mais elogiados ganham prêmios como um vale de 350 reais e ingressos de cinema.

RESULTADOS

Com as mudanças, em dois anos a Alelo:
• economizou 68% em contratações e consultorias de recrutamento
• promoveu 25% dos funcionários
• reposicionou 41% do quadro em cargos do mesmo nível, mas em outras áreas

Acompanhe tudo sobre:administradoras-de-cartoesEdição 1120Finançasgestao-de-negociosRecrutamento

Mais de Revista Exame

Linho, leve e solto: confira itens essenciais para preparar a mala para o verão

Trump de volta: o que o mundo e o Brasil podem esperar do 2º mandato dele?

Ano novo, ciclo novo. Mesmo

Uma meta para 2025