Sem as lojas físicas, empresas de entrega precisam acolher e surpreender (Germano Lüders/Exame)
Leo Branco
Publicado em 14 de janeiro de 2021 às 05h20.
Última atualização em 14 de janeiro de 2021 às 11h15.
O ano de 2020 foi difícil para boa parte das pequenas e médias empresas brasileiras. Como vender em meio ao abre e fecha do comércio? De onde tirar dinheiro para o capital de giro com a escassez de crédito?
Ao que tudo indica, a sensação agora é de que o pior já passou. Numa pesquisa da consultoria Deloitte com 365 líderes de empresas brasileiras com faturamento anual de até 100 milhões de reais, quatro em dez entrevistados esperam que a economia do Brasil recupere o terreno perdido com a pandemia até o fim de 2021. Outros 17% veem um PIB acima dos níveis pré-pandemia já em dezembro deste ano.
A soma desses grupos supera o dos pessimistas: para 38% o PIB do país estará abaixo do patamar de março do ano passado, e outros 4% dizem que estará inferior ao de dezembro de 2020. “As respostas apontam para um cenário de recuperação das atividades em 2021”, diz Ronaldo Fragoso, sócio da Deloitte dedicado à pesquisa.
Por trás do otimismo está a capacidade de adaptação aos novos tempos. Pouco mais de um terço dos entrevistados passou a fazer negócios pela internet durante a quarentena. Destes, 52% investiram em tecnologias para vendas online mais do que haviam previsto no orçamento do ano passado.
Por causa dessa transformação digital, boa parte dos entrevistados está disposta a contratar: quase metade deve abrir vagas em 2021. Só 9% devem cortar postos de trabalho nos próximos 12 meses. Mesmo com o fim da pandemia, o trabalho remoto deve seguir nas empresas: 35% dos entrevistados devem manter o quadro atual em home office e 18% devem mandar mais gente para casa.