Revista Exame

Cultura | Androides e zumbis

Um livro de ficção científica e uma comédia de horror, além de ótimos álbuns de blues e rock nas dicas de cultura da edição

O álbum All Blues de Peter Frampton (All Blues de Peter Frampton/Divulgação)

O álbum All Blues de Peter Frampton (All Blues de Peter Frampton/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2019 às 05h22.

Última atualização em 8 de julho de 2019 às 15h09.

MÚSICA

Despedida com blues

Peter Frampton surgiu como menino-prodígio da guitarra em bandas de rock-blues britânicas no fim dos anos 60 e, como artista solo, explodiu em 1976. Virou ídolo adolescente graças ao visual angelical e a músicas românticas, como Show Me the Way e Baby I Love Your Way. Isso ofuscou seu talento. Pior: o sucesso acabou logo. Após décadas mais discretas, Frampton descobriu em 2015 uma doença degenerativa muscular. Decidiu encerrar a carreira tocando o mais melancólico dos gêneros, o blues. O álbum All Blues, que sai agora, apresenta dez covers, como a faixa-título, um jazz-blues de Miles Davis.

All BluesPeter Frampton | Universal | Disponível em streaming


MÚSICA

Retomada do rock

Antes mesmo do fim da dupla The White Stripes em 2011, Jack White começou um projeto paralelo com seu amigo e também guitarrista Brendan Benson. Com mais dois músicos de apoio, a banda The Raconteurs oferecia mais possibilidades instrumentais do que a formação espartana de guitarra e bateria dos Stripes. Após dois bons álbuns em 2006 e 2008, o quarteto entrou em repouso, e White se dedicou a uma carreira solo mais experimental. Mas a vontade de fazer rock mais direto reapareceu e os Raconteurs retornam com Help Us Stranger, um álbum de músicos que se divertem para divertir o público.

Help Us StrangerThe Raconteurs | Third Man Records | Disponível em streaming


LIVRO

Passado alternativo

Já consagrado por romances como Amsterdam e Reparação e por sua visão não muito otimista da sociedade, o inglês Ian McEwan retorna com Máquinas Como Eu, em que imagina um passado alternativo na Londres da década de 80, na qual pessoas convivem com androides que são réplicas quase perfeitas de humanos normais. Ou quase normais. Questionamentos sobre ética, sentimentos e efeitos e limites da tecnologia enriquecem o conflito de um casal e seu robô num Reino Unido que acaba de ser humilhado pela derrota na Guerra das Malvinas e que colocou a primeira-ministra Margaret Thatcher em desgraça.

Máquinas Como EuIan McEwan | Companhia das Letras | R$ 54,90


CINEMA

Na onda dos zumbis

Zumbis estão em alta no cinema, nos seriados e até em livros. Mas parecia improvável que mais um filme com mortos-vivos seria feito pelo diretor americano Jim Jarmusch, cuja obra sempre esteve mais para o cinema de arte, como os antigos Estranhos no Paraíso e Daunbailó e o recente Paterson. Os Mortos Não Morrem é uma comédia de horror com forte teor de crítica política e social e se passa numa minúscula cidade americana com apenas três policiais, os quais precisam encarar um levante de zumbis. No elenco, os favoritos de Jarmusch: Bill Murray, com quem fez Flores Partidas em 2005, e os cantores Tom Waits e Iggy Pop.

Os Mortos Não MorremDireção de Jim Jarmusch | Com Bill Murray, Adam Driver, Chloe Sevigny, Tom Waits | Estreia prevista para 11/7

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