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Carta de EXAME — A proteção dos cidadãos
O mau uso de dados privados é uma ameaça real e foi um dos temas do EXAME Fórum Segurança da Informação
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Snowden: preocupações com a crescente falta de privacidade (Germano Lüders/Exame)
Publicado em 30 de agosto de 2018 às, 05h05.
Última atualização em 30 de agosto de 2018 às, 09h45.
O avanço da internet e da tecnologia digital trouxe inúmeros benefícios para a sociedade, como a facilidade de comunicação, a rapidez no compartilhamento de informações e a ampliação do acesso ao conhecimento. Ao mesmo tempo, criou novos desafios para garantir a proteção de dados e a privacidade das pessoas. O mau uso de dados privados é uma ameaça real e foi um dos temas discutidos no EXAME Fórum Segurança da Informação, realizado no dia 22 de agosto, em São Paulo.
Em palestra por teleconferência durante a abertura do fórum, o ex-oficial de inteligência dos Estados Unidos Edward Snowden — que vive exilado na Rússia há cinco anos e participou pela primeira vez de um evento voltado para o público brasileiro — afirmou que é preciso garantir que a sociedade tenha maneiras de controlar o que os governos fazem com os dados para garantir maior privacidade. “A espionagem superou os mecanismos de controle da democracia”, disse Snowden, acusado nos Estados Unidos de espionagem e traição por ter vazado informações sigilosas de segurança e revelado detalhes dos programas de vigilância utilizados para monitorar cidadãos americanos e de vários outros países. Segundo Snowden, governos e empresas têm hoje condições de “monitorar um número enorme de pessoas com uma precisão sem precedentes”.
Para conter o uso abusivo de dados, vários países têm criado leis que buscam proteger a privacidade das pessoas. No Brasil, o presidente Michel Temer sancionou no dia 14 de agosto a Lei Geral de Proteção de Dados, que define como as empresas e os órgãos públicos devem tratar os dados pessoais e em que situação as informações podem ser usadas. Ainda é cedo para saber se essas regulamentações serão efetivas, mas não há como negar que a simples inclusão desse tema no arcabouço jurídico representa um avanço. Agora, para que as leis sejam realmente aplicadas, é preciso que toda a sociedade — incluindo a imprensa — cobre e fiscalize seu cumprimento.
Numa época em que a tecnologia facilita a apropriação e a manipulação de dados, bem como a difusão de fake news, cabe à imprensa reforçar seu papel de vigilante dos interesses dos cidadãos e guardião da democracia, apurando e checando informações com rigor e exercendo um jornalismo crítico, pluralista e independente. Essas eram algumas convicções que marcaram a trajetória do jornalista Otavio Frias Filho, diretor de redação da Folha de S. Paulo, que morreu no dia 21 de agosto, aos 61 anos, vítima de câncer no pâncreas. Mentor do projeto de modernização do jornal que ajudou a revigorar a imprensa brasileira nos anos 80, Otavio era um discreto mas firme defensor da democracia e da liberdade de imprensa — princípios que sempre nortearam EXAME desde seu lançamento, em 1967. Ele deixa muitas lições para os brasileiros e continuará a inspirar legiões de jornalistas que acreditam nos mesmos ideais.
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