(Arte/Exame)
Redação Exame
Publicado em 21 de dezembro de 2023 às 06h00.
Nos próximos 12 meses, mais de 2 bilhões de cidadãos irão às urnas para decidir quem ocupará a cadeira de liderança máxima de 78 países. É um recorde: pela primeira vez na história tanta gente será convocada para decidir sobre o futuro da democracia em tão curto espaço de tempo.
Na lista estão pleitos em democracias emergentes como Índia, Indonésia e México. Nenhum deles será mais decisivo do que a corrida eleitoral dos Estados Unidos. A perspectiva de um retorno de Donald Trump à Casa Branca já mexe com os cenários de investidores e com os nervos de quem teme os efeitos de um segundo mandato do republicano.
Se eleito, Trump pode colocar um grau extra de incerteza num mundo enredado em desafios espinhosos. As guerras na Ucrânia e em Israel seguem longe de uma conclusão — e, assim, colocam um ponto de interrogação sobre os rumos do PIB global.
A agenda climática ficará ainda mais urgente. O “super El Niño” deve provocar ondas de calor em várias partes do mundo, incluindo o Brasil. Num mundo às voltas com altas no preço dos grãos como consequência do conflito na Ucrânia, o agronegócio será ainda mais pressionado pelo clima fora de controle.
Muita coisa estará em jogo em 2024 também no campo da tecnologia. Após séculos no imaginário da humanidade, os carros voadores poderão finalmente sair da fase de testes. O potencial do hidrogênio verde como energia limpa e de baixo custo tem tudo para ser comprovado — e o Nordeste do Brasil está em condições de virar uma referência mundial no tema.
Mais gente terá acesso a injeções de semaglutida, a substância por trás do fenômeno Ozempic. O sucesso do remédio no combate à obesidade levou sua fabricante, a Novo Nordisk, a uma avaliação de mercado em Wall Street superior ao PIB da Dinamarca, onde está a sede da farmacêutica.
Ainda na seara das notícias fantásticas, o avanço na inteligência artificial generativa promete muitas manchetes nos próximos meses.
Em meio a tanta coisa acontecendo, o mundo deve ter um momento de celebração nos Jogos Olímpicos de Paris, em julho.
A maior competição esportiva do planeta é um dos poucos eventos capazes de chamar a atenção de bilhões de pessoas ao mesmo tempo num mundo hiperconectado — e desfocado — em telas de celulares, laptops, smartwatches e outros tantos gadgets que vêm por aí. Uma coisa é certa: será difícil sentir tédio no ano que começa. Nas próximas páginas, a EXAME selecionou 24 tendências para 2024.