A grande diferença entre um submarino e um submersível, é que o segundo não é um veículo autônomo, ou seja, precisa de um navio com sistemas de monitoração para indicar o seu caminho (Future Publishing/Getty Images)
Repórter da Home e Esportes
Publicado em 21 de junho de 2023 às 16h25.
Última atualização em 21 de junho de 2023 às 16h41.
O mundo está atento às notícias sobre o submarino, com cinco pessoas a bordo, que desapareceu no Oceano Atlântico, no último domingo, 18, quando estavam em uma missão para observar os destroços do transatlântico "Titanic". A dúvida que surge no ar é as causas do desaparecimento e como um submersível trafega no oceano.
Apesar de querermos saber as caraterísticas de um submarino, o objeto da expedição desaparecida é um submersível, que possui particularidades diferentes.
Para entendermos melhor as diferenças do submarino para o submersível, precisamos entender as características de cada um. Em geral, um submarino tem a capacidade de permanecer mais tempo submerso e pode viajar por meses até voltar à superfície. Ele possui um sistema de locomoção próprio, que permite o tráfego no oceano.
A grande diferença entre um submarino e um submersível, é que o segundo não é um veículo autônomo, ou seja, precisa de um navio com sistemas de monitoração para indicar o seu caminho.
De acordo com a Ocean Gate, empresa norte americana fabricante do submersível, quando a embarcação fica submersa, ela usa um sistema de flutuação e amortecimento, para se manter acoplada a superfície do oceano.
Em 2019, o CEO da OceanGate descreveu a indústria de submersíveis como "obscenamente segura" e reclamou que a regulamentação para este tipo de embarcação de passageiros atrasavam a inovação.
"É obscenamente seguro, porque eles têm todos esses regulamentos. Mas também não inovou ou cresceu – porque eles têm todos esses regulamentos", afirmou Rush à Smithsonian Magazine.
A embarcação tem reservas de oxigênio para o tempo máximo de 96 horas para uma tripulação de cinco pessoas. Mauger afirmou na segunda-feira à tarde acreditar que ainda restavam 70 horas ou mais.
Um submersível para as expedições pode atingir uma profundidade máxima de 4.000 metros (13.100 pés). A mínima é de 10 metros, onde na submersão, ele aciona o sistema de flutuação e fica acoplado ao navio na superfície.
O primeiro distrito da Guarda Costeira (USCG, em inglês) dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira, 21, que três embarcações reforçaram o esforço na busca do submarino com cinco pessoas a bordo que desapareceu no Oceano Atlântico quando estavam em uma missão para observar os destroços do transatlântico "Titanic". No momento, restam menos de 24 horas de oxigênio dentro do veículo aquático.
O navio John Cabot, equipado com sonar de varredura lateral, se junta ao Skandi Vinland e ao Atlantic Merlin na busca pelo submersível. De acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, em inglês), o sonar de varredura lateral é um sistema usado para “detectar e obter imagens de objetos no fundo do mar”.
Durante a manhã, o USCG afirmou que batidas a cada 30 minutos foram detectadas na região da busca. Um avião canadense P-8 que participava nas buscas detectou "batidas na região a cada 30 minutos. Quatro horas depois, um sonar adicional foi ativado e as batidas ainda eram ouvidas"
Além das batidas, "sinais acústicos adicionais foram ouvidos que ajudarão a direcionar os recursos de superfície, enquanto persiste a esperança de encontrar sobreviventes", informou a CNN, que teve acesso a um documento interno do governo americano.
O anúncio da detecção de ruídos foi o sinal mais esperançoso da possibilidade de resgate das cinco pessoas a bordo do submersível Titan, da empresa americana OceanGate.
A comunicação com o submersível Titan, de 6,5 metros de comprimento, foi perdida no domingo, quase duas horas depois de iniciar a descida em direção aos vestígios do mítico transatlântico, que se encontram a quase 4.000 metros de profundidade, a cerca de 600 quilômetros de Terra Nova, no Atlântico Norte.