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Depois do Titanic, cofundador da OceanGate planeja exploração ao buraco mais fundo do mundo

Um ano após o desastre com o submarino Titan, co-fundador da OceanGate organiza expedição para um dos maiores buracos submarinos do mundo

Um ano após tragédia, OceanGate promete nova expedição ao fundo do mar (Bloomberg/Getty Images)

Um ano após tragédia, OceanGate promete nova expedição ao fundo do mar (Bloomberg/Getty Images)

Fernando Olivieri
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 21 de junho de 2024 às 12h01.

Guillermo Söhnlein, co-fundador da OceanGate, está organizando uma nova expedição para explorar o Dean’s Blue Hole, nas Bahamas, um dos buracos submarinos mais profundos do mundo. Söhnlein, que co-fundou a empresa em 2009 com Stockton Rush, falecido na implosão do submarino Titan em 2022, agora lidera a Blue Marble Exploration. As informações são do The Independent.

A nova missão visa explorar o buraco de 202 metros, que nunca foi totalmente investigado. A Blue Marble Exploration descreve a área como "praticamente inexplorada" e destaca os desafios significativos, incluindo correntes imprevistas, pressão extrema e quase total escuridão.

O site da empresa menciona que locais acreditam que Dean’s Blue Hole é um "portal para o inferno" e que a expedição poderá encontrar restos humanos, sendo preparados para lidar com essas situações com respeito. As dificuldades da missão incluem águas não mapeadas, pressões extremas e localização remota.

Condições inóspitas

A missão é promovida como uma oportunidade de se aventurar em condições inóspitas em busca de descobertas inéditas. Não há informações se a expedição terá um custo similar aos US$ 250 mil (aproximadamente R$ 1,46 milhão) cobrados pela OceanGate para expedições ao Titanic.

A implosão do Titan, que matou cinco pessoas, ocorreu cerca de uma hora e 45 minutos após o início da descida até os destroços do Titanic, a cerca de 3.800 metros de profundidade no Atlântico Norte. Acredita-se que o casco de fibra de carbono do submarino tenha enfraquecido ao longo do tempo, causando o acidente.

Söhnlein, que também planeja enviar humanos a Vênus, enfatizou a importância de aprender com o desastre e continuar as explorações submarinas, vendo isso como uma forma de honrar os tripulantes que perderam a vida no Titan.

Acidente com Titan

O acidente com o submarino Titan ocorreu em junho de 2022 durante uma expedição aos destroços do Titanic, localizados a cerca de 3.800 metros de profundidade no Atlântico Norte. O Titan, operado pela OceanGate, sofreu uma implosão catastrófica aproximadamente uma hora e 45 minutos após o início da descida, resultando na morte dos cinco ocupantes. O desastre chamou a atenção para os riscos envolvidos em expedições de grande profundidade e levantou questões sobre os materiais utilizados na construção do submarino, especificamente o casco de fibra de carbono.

A investigação inicial indicou que o material do casco pode ter enfraquecido ao longo do tempo, contribuindo para a falha estrutural que causou a implosão. Entre as vítimas estavam Stockton Rush, co-fundador da OceanGate, e outros quatro exploradores. A tragédia destacou a importância de rigorosos protocolos de segurança e de manutenção nas missões de exploração submarina, especialmente em condições extremas como as encontradas na área dos destroços do Titanic.

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