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Como dois leilões de 150 itens de Amy Winehouse foram parar na Justiça

Mitchell Winehouse contesta leilões de roupas e artigos da artista e quer redirecionar os R$ 5,2 milhões faturados para a família

Amy Winehouse: 'Bamboo Dress' foi um dos itens leiloados por suas amigas (FREDERIC J. BROWN / AFP/AFP)

Amy Winehouse: 'Bamboo Dress' foi um dos itens leiloados por suas amigas (FREDERIC J. BROWN / AFP/AFP)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 10 de dezembro de 2025 às 06h15.

O legado da cantora Amy Winehouse, morta em 2011, ainda segue causando disputas. Nesse caso, judiciais.

Alguns itens particulares da artista foram leiloados entre 2021 e 2023 por suas amigas próximas Naomi Parry, ex-estilista da estrela, e Catriona Gourlay, ex-colega de apartamento.

Outra pessoa próxima de Amy se incomodou com essas vendas e agora decidiu processar Perry e Gourlay.

As acusações feitas pelo pai de Amy Winehouse

Mitchell Winehouse, pai da cantora, acusa Naomi Parry e Catriona Gourlay de venderem, sem autorização da família, mais de 150 itens pessoais da artista em grandes leilões internacionais.

O caso começou a ser analisado pelo Tribunal Superior de Londres nesta segunda-feira, 8.

Segundo o The Times, as vendas ocorreram em dois leilões realizados entre novembro de 2021 e maio de 2023 pela Julien’s Auctions, em Los Angeles.

Os objetos renderam cerca de £ 730 mil (aprox. R$ 5,2 milhões). Considerando que o número de itens leiloados foi próximo de 150, o valor médio de venda foi £ 4.866.

Mitch Winehouse afirma que acreditava ser o único proprietário dos itens e que o dinheiro deveria ter sido destinado à família e à instituição beneficente Amy Winehouse Foundation.

No tribunal, os advogados de Mitch afirmaram que Parry e Gourlay “deliberadamente ocultaram” as vendas e reivindicaram propriedade sobre peças da artista.

Entre os objetos leiloados estava o vestido de seda usado por Amy em sua última apresentação, em Belgrado, em 2011. A peça foi vendida por US$ 243 mil, segundo The Times.

Também foram incluídas as botas usadas na capa do álbum Frank, arrematadas por US$ 19,2 mil, e sapatilhas com manchas de sangue, vendidas por cerca de US$ 4 mil.

Mitch Winehouse disse ao tribunal que não consegue acreditar que a cantora teria presenteado as amigas com tantos itens. “Eu assumo que, por serem próximas, Amy lhes deu algumas coisas. Mas 150 itens? Simplesmente não consigo acreditar”, declarou, segundo a NME.

A defesa das amigas de Amy

Parry e Gourlay negam as acusações. As duas afirmam que a maioria dos objetos já estava com elas antes da morte de Amy ou havia sido dada pela cantora durante a amizade.

A defesa sustenta que muitos itens foram apenas emprestados ou pertenceram originalmente às próprias amigas. A advogada Beth Grossman, que representa Naomi Parry, declarou que vários dos bens “sempre pertenceram a elas” e que haviam sido apenas emprestados para Amy usar.

Já Ted Loveday, advogado de Gourlay, disse em documentos apresentados ao tribunal que sua cliente acredita que “a venda dos itens é o que Amy teria desejado”.

Ele argumentou ainda que presentes trocados entre jovens amigas não costumam ser formalizados: “Se uma jovem de 19 anos dá um lenço ou um par de brincos à amiga, ninguém assina um contrato”.

Parry e Gourlay conheceram Amy Winehouse no início dos anos 2000, antes de a cantora alcançar fama mundial. Parry tornou-se sua estilista e criou figurinos como o “Bamboo Dress”.

Amy Winehouse morreu em 23 de julho de 2011, aos 27 anos, em sua casa em Camden, vítima de intoxicação alcoólica acidental.

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