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Arqueólogos descobrem segunda maior cidade maia perdida após pesquisa no Google

Fundada antes de 150 a.C, a cidade era uma capital e uma das maiores do México

As observações feitas com a tecnologia LiDAR revelam as estruturas da cidade maia, destacando a presença de uma barragem e as casas de Valeriana. (Universidade de Cambridge/Divulgação)

As observações feitas com a tecnologia LiDAR revelam as estruturas da cidade maia, destacando a presença de uma barragem e as casas de Valeriana. (Universidade de Cambridge/Divulgação)

Mateus Omena
Mateus Omena

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Publicado em 7 de novembro de 2024 às 16h12.

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Durante uma pesquisa no Google, arqueólogos descobriram uma das maiores cidades perdidas da civilização maia, utilizando dados da tecnologia LiDAR, que detecta superfícies cobertas por vegetação.

A descoberta revelou a segunda maior cidade maia, escondida na Selva Maya, a segunda maior floresta tropical das Américas, localizada no estado de Campeche, México.

O arqueólogo Luke Auld-Thomas encontrou um extenso dataset de LiDAR, originalmente coletado para monitoramento de carbono, na 16ª página de resultados de pesquisa. Ao analisar esses dados, ele criou um modelo digital do terreno, revelando uma vasta área urbana até então desconhecida, que foi nomeada "Valeriana", por estar a 16 quilômetros da área coberta pelo dataset.

Segundo Auld-Thomas, Valeriana exibia características típicas de uma capital política do período Clássico Maia, com templos em formato de pirâmide, praças fechadas e uma organização urbana específica.

Acredita-se que a cidade tenha sido fundada antes de 150 a.C., com maior crescimento entre 750 e 850 d.C., e uma população que chegou a 50 mil habitantes, superando antigas cidades de Belize e Guatemala e tornando-se a maior cidade maia no México.

Um estudo recente, publicado em 29 de outubro, identificou 6.764 estruturas em Valeriana, em uma área de 16,6 km².

Marcelo Canuto, coautor da pesquisa, destaca que a tecnologia LiDAR revolucionou a arqueologia ao permitir a exploração de regiões densamente vegetadas. Nos últimos dez anos, o LiDAR ajudou a mapear em uma década o que levaria 100 anos com métodos convencionais.

Para Canuto, a descoberta também desafia a visão ocidental de que os trópicos foram "onde civilizações morreram", revelando que áreas tropicais como a Selva Maya abrigaram sociedades complexas e sofisticadas.

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