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Zuckerberg vai ao Congresso, dessa vez por criptomoedas

Ao fundador do Facebook restou a missão de prestar esclarecimentos sobre a libra, ao mesmo tempo em que parceiros como o PayPal debandam do projeto

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Zuckerberg: na mensagem ao Congresso, fundador do Facebook deve reforçar que libra não tem dono (Carlos Jasso/Reuters)

Zuckerberg: na mensagem ao Congresso, fundador do Facebook deve reforçar que libra não tem dono (Carlos Jasso/Reuters)

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Redação Exame

Publicado em 23 de outubro de 2019 às, 06h20.

Última atualização em 23 de outubro de 2019 às, 06h47.

Em abril do ano passado, o mundo parou para assistir quando o presidente e fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, foi ao Congresso dos Estados Unidos. Na ocasião, ele precisou dar esclarecimentos sobre o vazamento de dados dos usuários para a empresa Cambridge Analytica. Pouco mais de um ano depois, o empresário precisará voltar a uma audiência em Capitol Hill nesta quarta-feira, ao ser convocado pela comissão de serviços financeiros da Câmara a prestar esclarecimentos sobre a libra, a criptomoeda liderada pelo Facebook.

Anunciado em junho, o projeto reúne mais de 20 empresas na chamada Associação Libra. A expectativa era lançar a moeda no ano que vem, mas o plano vem sendo criticado por pontos que vão desde os problemas de privacidade do Facebook quanto à possibilidade de a moeda desestabilizar o sistema financeiro mundial ou ser usada para lavar dinheiro.

Os defensores do projeto afirmam que as transações poderão ser checadas e verificadas por qualquer pessoa, tornando o sistema transparente e seguro. Até agora, criptomoedas como o bitcoin são um produto de nicho. Com a participação do Facebook e de algumas das maiores empresas do mundo, dizem os críticos, seu uso pode ser massificado sem que, antes, os impactos sejam compreendidos. Além dos Estados Unidos, governos da União Europeia e de outros países já se mostraram reticentes, assim como organizações como o Fundo Monetário Internacional e bancos centrais.

Os danos à imagem do Facebook não ajudam na popularidade da empreitada — por isso, a empresa correu a dizer ontem que não é dona da libra. O problema é que pouca gente quer assumir a paternidade. No mês passado, empresas como Mastercard e Visa, as duas principais bandeiras de cartão, e o sistema de pagamentos PayPal deixaram a associação. Fontes afirmaram à imprensa que as empresas estão preocupadas com o escrutínio dos reguladores e criticam o Facebook por não ter preparado o terreno antes.

O PayPal, que divulga também nesta quarta-feira seus resultados financeiros do terceiro trimestre, foi o primeiro a sair. O interesse na libra vinha sobretudo da possibilidade de integrar a rede de mensagens Facebook Messenger a um eventual sistema de pagamentos, assim como o WeChat faz na Ásia. O mercado asiático é um dos alvos do PayPal nos próximos anos, e o tema deve ser tratado na conferência da empresa com analistas nesta tarde — ainda que, por ora, sem a libra e o Facebook no horizonte.

Curiosamente, foi justamente pelas mãos de um ex-executivo do PayPal que a libra surgiu. David Marcus, que teve a ideia do projeto, está no Facebook desde 2014 liderando o Messenger, mas foi presidente do PayPal de 2012 a 2014.

Marcus também já precisou ir ao Congresso falar sobre a libra em julho e, na ocasião, foi duramente criticado pelos congressistas. Zuckerberg não deve ter sorte melhor. E, sem parcerias como o PayPal, tirar a libra do papel pode ficar ainda mais difícil.

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