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WeWork cutuca Elon Musk e anuncia saída de carnes do cardápio

“As novas pesquisas indicam que evitar carne é uma das melhores para reduzir o impacto no meio ambiente”, mais até do um carro híbrido”, diz cofundador

 (Midori De Lucca/WeWork/Divulgação)

(Midori De Lucca/WeWork/Divulgação)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 16 de julho de 2018 às 17h49.

A gigante do ramo de trabalho colaborativo WeWork acredita ser capaz de salvar o meio ambiente mais rapidamente que Elon Musk.

A startup anunciou para seus 6.000 funcionários em todo o mundo que não poderá mais custear refeições que contenham qualquer tipo de carne vermelha, de ave ou de porco nos eventos da WeWork. Em um e-mail sobre a nova política, enviado na semana passada aos funcionários, o cofundador da empresa, Miguel McKelvey, disse que o próximo encontro chamado “Summer Camp”, não oferecerá nenhuma opção de carne aos participantes.

“As novas pesquisas indicam que evitar carne é uma das melhores coisas que um indivíduo pode fazer para reduzir seu impacto pessoal no meio ambiente”, disse McKelvey no comunicado, “mais até do que passar a usar um carro híbrido”.

Os indivíduos que exigem concessões “médicas ou religiosas” estão sendo encaminhados à equipe de políticas da empresa para discutir as opções. Uma porta-voz da WeWork confirmou o conteúdo do comunicado.

Apesar de a postura contrária à carne ser significativa para a empresa com sede em Nova York, a WeWork está longe de ser a primeira startup a promover alternativas aos animais. A Juicero, uma fabricante falida de máquinas de suco de valores elevados, havia instituído um veto similar para o reembolso de despesas de funcionários em refeições de restaurantes que não fossem veganos.

A empresa Just, antigamente conhecida como Hampton Creek, criou uma alternativa vegana à maionese e anunciou que planeja levar ao mercado até o fim do ano um produto chamado por ela de “carne limpa”. A Purple Carrot, uma empresa de kits de refeições veganas, ganhou recentemente apoio da Fresh Del Monte Produce, enquanto a Wild Earth, uma startup com sede em Berkeley, na Califórnia, está elaborando rações para animais de estimação com proteínas criadas em laboratório.

A American Airlines e a Starbucks recentemente reforçaram o coro das empresas que prometem eliminar gradativamente o uso de canudos e misturadores de plástico. E a Southwest Airlines afirmou na semana passada que deixará de oferecer amendoins em voos a partir de 1º de agosto para tentar reduzir o risco de alergias.

A decisão da WeWork surge após iniciativas internas recentes da empresa para reduzir o uso de plásticos e para redirecionar os resíduos alimentares de seus eventos para boas causas.

Fundada em 2010, a WeWork foi avaliada recentemente em cerca de US$ 20 bilhões, mas um executivo da SoftBank Group, uma grande investidora da WeWork, afirmou em junho, em conferência em Londres, que a startup pretende levantar recursos a uma avaliação de US$ 35 bilhões.

Em seu e-mail, McKelvey informou aos funcionários que a iniciativa relacionada à carne afetaria a política de viagens e despesas da empresa e também o “Honesty Market”, um sistema de quiosques de alimentos e bebidas self-service mantido pela WeWork em alguns de seus 400 edifícios.

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