Negócios

Westwing, e-commerce de móveis, cria loja física

Trata-se de uma "pop up store" no Shopping Cidade Jardim


	Produtos em loja de Westwing: para custear a operação, a varejista vai sacar parte de uma rodada de investimento
 (Divulgação/Facebook/Westwing)

Produtos em loja de Westwing: para custear a operação, a varejista vai sacar parte de uma rodada de investimento (Divulgação/Facebook/Westwing)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2014 às 08h57.

São Paulo - Pródigo na venda de roupas e de itens tecnológicos, o varejo online brasileiro ainda enfrenta resistências na categoria de casa e decoração. Dados da consultoria E-bit indicam que o segmento ocupa apenas o sétimo lugar no comércio virtual. 

Para tentar quebrar essa barreira, o site Westwing, presente em 14 países, vai inaugurar sua primeira loja física em São Paulo. Trata-se de uma "pop up store", inicialmente programada para funcionar por seis meses a partir do próximo dia 13, no Shopping Cidade Jardim.

Para custear a operação, a varejista vai sacar parte de uma rodada de investimentos que trouxe 150 milhões de euros para o caixa da empresa.

"Sentimos que o mercado brasileiro talvez seja um pouco menos maduro na internet que o europeu e que talvez ainda tenha essa necessidade e vontade de ver o produto, mesmo que seja "amostral"", diz a executiva Alexandra Tobler, que ocupa a diretoria de estilo da marca.

"Uma das nossas missões é exatamente humanizar um pouco o varejo online", resume.

Criado em 2011, na Alemanha, o site Westwing chegou ao Brasil no mesmo ano e sua operação global logo foi comprada pelo fundo de investimentos Rocket Internet.

Pelo mundo, a empresa faturou 110 milhões de euros em 2013. Aqui no Brasil, a marca informa contar com 4,5 milhões de usuários cadastrados.

Na avaliação do professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Vivaldo José Breternitz, a estratégia adotada pela empresa em investir em pontos físicos tem dois objetivos principais. O primeiro é mostrar para o público que o site "existe de verdade".

O segundo envolve justamente a dificuldade em popularizar a categoria de casa e decoração na web. "A empresa vende produtos não padronizados e comprar esse tipo de produto sem ver e tocar, para a maioria da população, é mais complicado", explica.

Exatamente por isso, a estratégia, embora inédita na história do Westwing, não chega a ser novidade no setor aqui no Brasil. O site brasileiro Oppa, por exemplo, investe em lojas físicas desde 2012.

Atualmente com sete showrooms, a previsão é abrir mais 20 no ano que vem. A exemplo do que fará o Westwing, a equipe de vendas da Oppa assessora o cliente na ponto de venda, mas as compras permanecem online. Para o inicio de 2015, contudo, a empresa planeja começar a vender alguns itens na loja. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:DecoraçãoInternetSites

Mais de Negócios

No lugar do call center, IA que cobra dívidas fecha mais de R$ 54 milhões em acordos em três meses

De olho na Agenda 2030, a Cedro Participações avança em seus compromissos ESG

Destruída pelas águas, indústria de vidros do RS vai se reerguer em novo local — agora, longe do rio

Criada na Bayer e investida da Yara, Bravium e Itaú BBA, essa startup quer ser o marketplace do agro

Mais na Exame