Negócios

Wells Fargo pagará US$ 185 mi de multa por contas falsas

Com o pacto se encerra um caso que averiguava as supostas más práticas de funcionários do Wells Fargo que abriram milhares de contas falsas


	Wells Fargo: "Os funcionários Wells Fargo abriram de forma secreta contas sem autorização para alcançar os objetivos de vendas e receber bônus"
 (Gary Cameron/Reuters)

Wells Fargo: "Os funcionários Wells Fargo abriram de forma secreta contas sem autorização para alcançar os objetivos de vendas e receber bônus" (Gary Cameron/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2016 às 18h20.

Los Angeles - O banco Wells Fargo fechou um acordo nesta quinta-feira com as autoridades federais dos Estados Unidos e as de Los Angeles para pagar US$ 185 milhões de multa para encerrar um caso sobre a abertura de milhares de contas bancárias sem a autorização de seus clientes.

Através de uma nota divulgada hoje, a entidade radicada em São Francisco comunicou o acordo ao qual chegou com os organismos federais do Escritório para a Proteção Financeira do Consumidor e do Escritório do Controlador da Moeda, assim como com o Escritório do Procurador-Geral da cidade de Los Angeles.

O Wells Fargo pagará US$ 185 milhões de multa mais US$ 5 milhões adicionais de compensação para os clientes.

Segundo o jornal "Los Angeles Times", US$ 35 milhões serão destinados ao Escritório do Controlador da Moeda, US$ 50 milhões para as autoridades locais de Los Angeles e US$ 100 milhões corresponderão ao Escritório para a Proteção Financeira do Consumidor, a multa mais elevada imposta até agora por essa agência federal.

Com este pacto se encerra um caso que averiguava as supostas más práticas de funcionários do Wells Fargo que, pressionados para cumprir os objetivos da entidade, abriram milhares de contas falsas e sem contar com a autorização dos clientes.

Segundo os investigadores, os funcionários, entre outras práticas, transferiram fundos de maneira ilegal a contas não autorizadas e criaram códigos PIN para cartões de débito que os clientes nunca pediram.

O Escritório para a Proteção Financeira do Consumidor afirmou, citando uma análise do próprio Wells Fargo, que podem ter sido abertas até dois milhões de contas sem o consentimento dos clientes.

"Os funcionários Wells Fargo abriram de forma secreta contas sem autorização para alcançar os objetivos de vendas e receber bônus", disse hoje em comunicado o diretor do Escritório para a Proteção Financeira do Consumidor, Richard Cordray.

O responsável pela agência federal afirmou, além disso, que esta multa deveria ser uma chamada de atenção para todo o setor em relação aos "sérios riscos" e possíveis "consequências legais" que podem acarretar os programas de incentivos de vendas se não forem monitorados adequadamente.

O banco deverá cobrir todas as comissões e cargos arcados pelos clientes afetados por este caso e se estima que, até o momento, o total de compensações alcançou US$ 2,6 milhões, com uma média de US$ 25 de reembolso por conta.

"O Wells Fargo chegou a estes acordos devido ao nosso compromisso com nossos clientes e ao interesse de deixar esta situação no passado", afirmou a nota divulgada hoje pelo banco.

"O Wells Fargo está comprometido a sempre pôr os interesses de nossos clientes em primeiro lugar, e lamentamos e assumimos a responsabilidade de qualquer ocasião na qual nossos clientes tenham recebido um produto que não solicitaram", acrescentou o comunicado. 

Acompanhe tudo sobre:Bancosbancos-de-investimentoEmpresasEmpresas americanasEstados Unidos (EUA)FinançasFraudesPaíses ricosWells Fargo

Mais de Negócios

Imigrante polonês vai de 'quebrado' a bilionário nos EUA em 23 anos

As 15 cidades com mais bilionários no mundo — e uma delas é brasileira

A força do afroempreendedorismo

Mitsubishi Cup celebra 25 anos fazendo do rally um estilo de vida