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Warner traz de volta personagens do Looney Tunes

Estúdio prepara uma série de lançamentos, desde animações a jogos de videogames, para lembrar a turma do Pernalonga e -- claro -- gerar mais receita

Looney Tunes: novos produtos para levantar as vendas da marca (.)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

São Paulo - Há 41 anos, ia ao ar o último episódio da turma do Looney Tunes, que tinha marcantes personagens como Pernalonga, Patolino, Piu-Piu e Frajola. As reprises continuam até hoje, mas os desenhos estão longe de ser os preferidos da nova geração. Para evitar que conhecidos bordões como "O que que há, velhinho?" e "Por hoje é só, pessoal" fiquem apenas na memória de quem cresceu com os Looney Tunes, a Warner Bros resolveu relançar os desenhos que fizeram sucesso ainda nos anos 30.

As vendas das franquias da Looney Tunes registram quedas há oito anos consecutivos, mas contabilizam hoje 1 bilhão de dólares anuais com 1.000 produtos licenciados. O concorrente Ursinho Puff, da Disney, gera 5 bilhões de dólares por ano em receita. "Temos que investir uma boa quantidade de dinheiro no conteúdo", disse Brad Globe, presidente da Warner Brothers Consumer Products, ao The New York Times, sem detalhar valores. "Assim que tivermos um bom conteúdo, teremos mais gente interessada." A Warner espera que os novos produtos da Looney Tunes revertam esse resultado.

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O estúdio prepara uma série de 26 novos episódios, cada um com duração de 30 minutos, com lançamento previsto para setembro no canal pago Cartoon Network. O The Looney Tunes Show terá como protagonistas Pernalonga e Patolino, dividindo apartamento no subúrbio de uma cidade. O porco Gaguinho, o Piu-piu e o baixinho bigodudo Eufrazino serão seus vizinhos.

Enquanto isso, o Papa-léguas e o Coiote chegam ao cinema em versão 3D, numa série de três curtas (ainda há outros três em desenvolvimento). O primeiro deles, que chega somente às salas dos Estados Unidos, passará antes da sessão do filme infantil Como Cães e Gatos: A Vingança de Kitty Galore, que estreia no dia 30 de julho. Além disso, haverá um jogo para Nintendo com o Diabo da Tasmânia e uma série de compilações dos desenhos em DVDs. "É um projeto custoso e arriscado, mas ainda assim uma excelente oportunidade", disse Peter Roth, presidente da Warner Brothers Television, em entrevista ao jornal The New York Times. "Nós queremos revigorar a marca com a melhor execução possível."

A empresa não divulga quanto será investido nessas iniciativas, mas a série de TV sozinha custa cerca de 750.000 dólares por episódio, de acordo com estimativas da indústria. A Warner tem uma reputação entre os fãs e a indústria de entretenimento de conseguir novos olhares sobre as franquias. Exemplo disso é a série As Aventuras dos Tiny Toons, do início dos anos 90, dirigida por Steven Spielberg. O trunfo da série era trazer novos personagens para interagir com os antigos. Outro caso de sucesso foi o longa Space Jam, de 1996, estrelado pelo astro do basquete americano Michael Jordan. O filme mostrava os personagens interagindo com o mundo real (algo na linha do clássico Uma Cilada para Roger Rabbit, de 1998, também dirigido por Steven Spielberg).

Mas nem sempre o estúdio foi bem-sucedido. A série Baby Looney Tunes, de 2002, não teve o retorno esperado. O filme mais recente, Looney Tunes: de Volta à Ação, de 2003, também ficou abaixo das expectativas. O longa com o ator Brendan Fraser (mais conhecido pelo filme A Múmia ) rendeu apenas 25 milhões em bilheteria nos Estados Unidos. Em 2005, a Warner investiu numa série que trazia seus personagens com um aspecto mais futurístico. Foi um fracasso. Muitos pais odiaram o The Loonatics Unleashed (algo como Os Lunáticos à Solta), e a série foi cancelada em 2007. A volta dos Looney Tunes desta vez será diferente, avisa o presidente da Warner. Segundo ele, os personagens serão iguais aos que os fizeram famosos ainda nos anos 40. Nada de bebês ou futurismo.

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