Donald Trump (Bloomberg/Getty Images)
Mariana Desidério
Publicado em 5 de janeiro de 2021 às 10h35.
Última atualização em 5 de janeiro de 2021 às 11h02.
Um grupo de 170 empresários e CEOs de algumas das maiores empresas dos Estados Unidos publicou ontem uma carta ao congresso norte-americano pedindo a ratificação da vitória do democrata Joe Biden na eleição presidencial. Os parlamentares dos Estados Unidos devem confirmar a vitória de Biden em evento amanhã.
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O documento é assinado por líderes empresariais de diversos setores. Dentre eles estão Larry Fink, da gestora Black Rock, Ajay Banga, da bandeira de cartão Mastercard, Albert Boula, CEO da farmacêutica Pfizer, William Ford, presidente do fundo General Atlantic, Logan Green, co-fundador da empresa de mobilidade Lyft, Kewsong Lee, CEO do fundo de investimento Carlyle Group, Oscar Munoz, presidente da companhia aérea United Airlines, Brad Smith, presidente da emrpesa de tecnologia Microsoft, e David Salomon, presidente do banco Goldman Sachs.
“Esta eleição presidencial foi decidia e é hora de o país ir adiante. O presidente eleito Joe Biden, e a vice-presidente eleita Kamala Harris venceram no colégio eleitoral e a justiça rejeitou as contestações ao processo eleitoral”, diz um trecho do documento.
A carta é uma resposta do poder econômico dos Estados Unidos às investidas do presidente Donald Trump, que insiste em questionar o resultado das eleições. Trump pressionou o principal funcionário eleitoral da Geórgia a “encontrar” votos suficientes para reverter sua derrota no Estado, de acordo com a gravação de um telefonema divulgada pelo jornal Washington Post neste domingo.
O telefonema ocorrido no sábado para o secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, também republicano, veio quando alguns dos aliados de Trump no Congresso dos EUA disseram que planejam se opor à certificação formal da vitória de Joe Biden, na quarta-feira.
Leia a tradução da carta na íntegra (o documento original pode ser visto aqui).
"Esta eleição presidencial foi decidia e é hora de o país ir adiante. O presidente eleito Joe Biden, e a vice-presidente eleita Kamala Harris venceram no colégio eleitoral e a justiça rejeitou as contestações ao processo eleitoral. O Congresso deve certificar o voto eleitoral na quarta-feira, 6 de janeiro. As tentativas de impedir ou atrasar esse processo vão contra os princípios essenciais de nossa democracia.
O próximo governo Biden enfrenta as tarefas urgentes de derrotar a covid-19 e restaurar os meios de subsistência de milhões de americanos que perderam empregos e negócios durante a pandemia. Nossos líderes devidamente eleitos merecem o respeito e o apoio bipartidário de todos os americanos em um momento em que estamos lidando com as piores crises econômica e de saúde da história moderna. Não deve haver mais atrasos na transferência ordenada de poder."