Volvo teve queda de 64% na venda de caminhões em 2015
No segmento de ônibus, a montadora sueca teve baixa de 48%, ao vender 864 unidades, contra 1.748 unidades no ano anterior
Da Redação
Publicado em 16 de fevereiro de 2016 às 16h06.
São Paulo - A Volvo registrou, nos segmentos de caminhões pesados e semipesados, um total de 6.722 unidades vendidas em 2015, queda de 64% em relação às 18.832 unidades comercializadas em 2014.
No segmento de ônibus, a montadora sueca teve baixa de 48%, ao vender 864 unidades, contra 1.748 unidades no ano anterior.
"Não fizemos dinheiro no Brasil em 2015", resumiu o presidente interino da Volvo na América Latina, Carlos Morassutti. "E 2016 deverá ser outro ano desafiador", disse.
A Volvo trabalha com um recuo nas vendas em torno de 15% este ano, para cerca de 35 mil unidades.
No ano passado, os dois segmentos, juntos, somaram 41,6 mil unidades, baixa de 55% na comparação com as 92,4 mil unidades registradas em 2014.
A Volvo conta com duas fábricas no Brasil, uma em Curitiba, no Paraná, e outra em Pederneiras, em São Paulo. Ao todo, emprega cerca de 4 mil trabalhadores.
O Brasil é o segundo maior mercado para a companhia no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
De acordo com o executivo, a fábrica de Curitiba, que conta com cerca de 3,4 mil trabalhadores, tem hoje um excesso de 15% a 20% de sua mão de obra.
O excedente se deve à fraca demanda dos últimos meses. No entanto, nenhum trabalhador deverá ser demitido pelo menos até março, em razão de acordo firmado entre a empresa e o sindicato.
Os executivos da montadora se reunirão com representantes dos trabalhadores nos próximos dias para tentar encontrar uma solução, que podem ser a adesão ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), o uso do lay-off (suspensão temporária de contratos), de férias coletivas ou de banco de horas.
Além disso, a Volvo volta a paralisar toda a sua produção de caminhões na semana que vem, com retorno marcado para o dia 7 de março.
Em razão deste cenário, não há previsão de novos investimentos no País em 2016. "Apenas vamos manter o que já vem sendo feito, estamos olhando para esse ano no sentido da manutenção", disse Morassutti.
"Há cinco anos, nós esperávamos que o mercado como um todo de caminhões pesados e semipesados tivesse em 2016 um volume de 100 mil unidades vendidas. Agora nós estamos prevendo um mercado de 35 mil unidades. Temos de nos adaptar a nova realidade."
A empresa aposta nas exportações para ao menos recuperar parte das vendas, aproveitando a valorização do dólar. No primeiro trimestre, o volume de encomendas de ônibus do exterior é superior ao do começo de 2015.
Morassutti afirmou ainda que a montadora sueca tem tido bom desempenho em outros países da América do Sul, citando o Peru, a Colômbia e o Chile.
"E temos vistos bons sinais de recuperação na Argentina", disse, em referência à gestão do novo presidente argentino, Mauricio Macri, que assumiu o cargo em dezembro do ano passado.
São Paulo - A Volvo registrou, nos segmentos de caminhões pesados e semipesados, um total de 6.722 unidades vendidas em 2015, queda de 64% em relação às 18.832 unidades comercializadas em 2014.
No segmento de ônibus, a montadora sueca teve baixa de 48%, ao vender 864 unidades, contra 1.748 unidades no ano anterior.
"Não fizemos dinheiro no Brasil em 2015", resumiu o presidente interino da Volvo na América Latina, Carlos Morassutti. "E 2016 deverá ser outro ano desafiador", disse.
A Volvo trabalha com um recuo nas vendas em torno de 15% este ano, para cerca de 35 mil unidades.
No ano passado, os dois segmentos, juntos, somaram 41,6 mil unidades, baixa de 55% na comparação com as 92,4 mil unidades registradas em 2014.
A Volvo conta com duas fábricas no Brasil, uma em Curitiba, no Paraná, e outra em Pederneiras, em São Paulo. Ao todo, emprega cerca de 4 mil trabalhadores.
O Brasil é o segundo maior mercado para a companhia no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
De acordo com o executivo, a fábrica de Curitiba, que conta com cerca de 3,4 mil trabalhadores, tem hoje um excesso de 15% a 20% de sua mão de obra.
O excedente se deve à fraca demanda dos últimos meses. No entanto, nenhum trabalhador deverá ser demitido pelo menos até março, em razão de acordo firmado entre a empresa e o sindicato.
Os executivos da montadora se reunirão com representantes dos trabalhadores nos próximos dias para tentar encontrar uma solução, que podem ser a adesão ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE), o uso do lay-off (suspensão temporária de contratos), de férias coletivas ou de banco de horas.
Além disso, a Volvo volta a paralisar toda a sua produção de caminhões na semana que vem, com retorno marcado para o dia 7 de março.
Em razão deste cenário, não há previsão de novos investimentos no País em 2016. "Apenas vamos manter o que já vem sendo feito, estamos olhando para esse ano no sentido da manutenção", disse Morassutti.
"Há cinco anos, nós esperávamos que o mercado como um todo de caminhões pesados e semipesados tivesse em 2016 um volume de 100 mil unidades vendidas. Agora nós estamos prevendo um mercado de 35 mil unidades. Temos de nos adaptar a nova realidade."
A empresa aposta nas exportações para ao menos recuperar parte das vendas, aproveitando a valorização do dólar. No primeiro trimestre, o volume de encomendas de ônibus do exterior é superior ao do começo de 2015.
Morassutti afirmou ainda que a montadora sueca tem tido bom desempenho em outros países da América do Sul, citando o Peru, a Colômbia e o Chile.
"E temos vistos bons sinais de recuperação na Argentina", disse, em referência à gestão do novo presidente argentino, Mauricio Macri, que assumiu o cargo em dezembro do ano passado.