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Volkswagen terá marca inédita de baixo custo em 2019

Prevista para começar na China, ela também pode chegar na Índia e no Brasil

Volks: novas declarações marcam para 2019 a chegada da marca na China (Fabian Bimmer/Reuters)

Volks: novas declarações marcam para 2019 a chegada da marca na China (Fabian Bimmer/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2017 às 17h45.

Última atualização em 21 de fevereiro de 2017 às 17h56.

Não é de hoje que o Grupo Volkswagen planeja aumentar sua participação de mercado com uma inédita marca de baixo custo: em 2014, executivos do grupo apontaram a estreia para 2017.

Com a crise do mercado mundial e o escândalo do dieselgate, os planos foram adiados. No entanto, novas declarações marcam para 2019 a chegada da marca na China.

Segundo o chefe de desenvolvimento da Volkswagen, Frank Welsch, em uma entrevista ao site britânico Auto Express, a marca (ainda sem nome definido) está sendo preparada a todo vapor para suprir a necessidade do mercado chinês, hoje com 40% de seu mercado representado por carros de baixo custo.

Diferente do que ocorreu nos Estados Unidos e na Europa, a imagem do Grupo Volkswagen não foi atingida pelo dieselgate em mercados emergentes como a China, uma vez que o país tende a comprar menos veículos movidos a diesel. Por lá, os modelos serão produzidos em uma joint-venture com a FAW.

O executivo também deu detalhes sobre quais serão os primeiros modelos. Inicialmente, os planos incluíam apenas um sedã compacto.

Com a explosão do segmento dos SUVs, um utilitário médio também passou a fazer parte do planejamento. “Na pesquisa de mercado ficou claro que, quando precisamos de um carro barato, também precisamos de um SUV barato”, disse, acrescentando a possibilidade de uma versão alongada de três fileiras e sete lugares.

Tanto o sedã quanto o SUV terão tração dianteira e utilizarão variações das plataformas da família PQ, que serve como base para Gol, Fox e os antigos Polo e Golf nacionais.

A estratégia é a mesma da Renault com a subsidiária Dacia, que usa plataformas antigas, já com seus custos pagos. O chefe de desenvolvimento, porém, atenta para o uso de elementos da recente MQB.

O Gol ainda utiliza a plataforma PQ24, que deverá ser aproveitada nos futuros modelos populares

O Gol ainda utiliza a plataforma PQ24, que deverá ser aproveitada nos futuros modelos populares

Embora Welsch aponte a exclusividade da China, outros executivos da empresa dão como certa a chegada da nova marca a mercados emergentes como Índia, México e Brasil.

O mesmo ocorreu, novamente, com a Dacia – inicialmente destinada apenas à Romênia, ela se espalhou por outros países do mundo. Ainda resta a dúvida, porém, se os modelos chegarão por aqui com uma bandeira inédita ou como os Dacia no Brasil, vendidos como Renault.

Outras fontes não reveladas dão conta de que o padrão de qualidade dos modelos será próximo das montadoras chinesas Great Wall e Haval, que marcaram presença no Salão de São Paulo de 2012. Na conversão direta do Yuan, a moeda chinesa, a estimativa de preço seria abaixo de R$ 31,1 mil.

Os rumores de que os futuros produtos de baixo custo da VW cheguem ao Brasil, porém, vão na contramão do objetivo declarado pelo presidente da marca no Brasil, David Powels, de que o valor médio dos carros da Volks no país irá aumentar, assim como o perfil do comprador, caracterizando uma certa “elitização” da marca, que diz não ter mais como objetivo ser a nº1 em vendas no país.

Dentro desse planejamento está a próxima geração do Gol, baseada no VW Polo / Seat Ibiza europeu, com maior espaço e refinamento – e justamente aposentando a plataforma PQ, que deverá ser utilizada nos modelos da futura divisão popular.

Texto publicado originalmente no portal Quatro Rodas.

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