Volkswagen eleva exportação e passa a embarcar o sedã Virtus para o México
A montadora respondeu por 25% dos embarques de veículos do país no primeiro semestre e está ampliando o número de destinos de seus modelos
Juliana Estigarribia
Publicado em 2 de agosto de 2019 às 06h00.
Última atualização em 2 de agosto de 2019 às 06h00.
Enquanto a indústria automotiva trabalha para compensar a queda das exportações, impactadas pela crise na Argentina - seu principal cliente -, a Volkswagen está na contramão desse fluxo. A montadora foi responsável, no primeiro semestre, por 25% dos embarques de automóveis e comerciais leves no país e o modelo Virtus acaba de ganhar o mercado do México.
“O Virtus foi totalmente desenvolvido no Brasil e está contribuindo para reforçar ainda mais a relevância da Volkswagen em toda a América Latina”, diz Pablo Di Si, presidente e CEO da empresa para América do Sul e Brasil.
As exportações totais de veículos a partir do Brasil recuaram 41,5% no primeiro semestre, para 221 mil unidades, de acordo com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Segundo a entidade, o principal motivo da queda é a crise na Argentina, destino da maior parte dos embarques brasileiros de veículos. Neste cenário, Di Si informa que a Volkswagen está trabalhando para ampliar o leque de destinos das exportações da montadora.
Produtos em alta
Na classificação da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), o Virtus - produzido em São Bernardo do Campo, São Paulo - é o sedã compacto mais vendido no acumulado de janeiro a julho, com 42,1% de market share, seguido do Toyota Yaris (28,2%) e do Honda City (14,8%).
De acordo com a Volkswagen, desde o seu lançamento, em janeiro de 2018, o Virtus já acumula mais de 64 mil unidades comercializadas, sendo 17,3 mil destinadas à exportação.
A marca também acaba de iniciar os embarques da picape Saveiro ao Peru, ampliando o portfólio de modelos exportados a partir do Brasil.