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Volkswagen começa recall de carros a diesel na Europa

Segundo o The Wall Street Journal, os primeiros modelos que serão reparados serão as picapes Amarok


	Volkswagen: recall pode atingir 11 milhões de veículos em todo o mundo
 (Julian Stratenschulte/AFP)

Volkswagen: recall pode atingir 11 milhões de veículos em todo o mundo (Julian Stratenschulte/AFP)

Luísa Melo

Luísa Melo

Publicado em 29 de janeiro de 2016 às 09h09.

São Paulo - O Grupo Volkswagen começou a chamar para recall milhões de carros equipados com motores a diesel na Europa, em consequência do escândalo das emissões.

Segundo o The Wall Street Journal, os primeiros modelos reparados serão as picapes Amarok.

Esse pode ser o início de um dos maiores recalls da história da indústria automotiva, já que, até o fim do ano, pode chegar a abranger cerca de 11 milhões de veículos no mundo todo.

Reguladores de todo o mundo estão obrigando a montadora a consertar os carros que foram equipados com o dispositivo manipulador de emissões de gases.

Ainda de acordo com o WSJ, a agência federal alemã de veículos motores, a KBA, precisa aprovar ajustes específicos para cada modelo afetado pelo problema. Depois disso, eles poderão ser aplicados em toda a União Europeia, e não apenas no país.

Os ajustes para o recall da Amarok foram aprovados na quarta-feira (27) e os do modelo Passat devem sair na próxima semana.

"Nós não podemos fazer tudo de uma vez, temos que direcionar o fluxo de trabalho para as lojas de reparo. Isso vai nos ocupar durante o ano todo", disse um porta-voz da Volks ao jornal.

Nos Estados Unidos, porém, a empresa ainda não conseguiu aprovar o seu plano para consertar cerca de 600.000 carros.

O CARB, autoridade ambiental do estado da Califórnia, alegou que o recall desenhado por ela não é eficiente para adequar os veículos e reduzir a poluição do ar.

O órgão pediu mais detalhes sobre como o ajuste afetaria a performance dos automóveis e a economia de combustível.

O reparo dos carros europeus seria mais simples do que o dos norte-americanos por conta de restrições mais severas dos Estados Unidos quanto a emissão de óxidos de nitrogênio, ligados a doenças respiratórias fatais.

Nos EUA, os veículos também usariam tecnologias de emissões antigas e mais difíceis de modificar.

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