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Volkswagen adulterou 11 mi de sistemas de emissão de gases

A Volkswagen diz que trabalha "intensamente para eliminar as discrepâncias através de medidas técnicas"


	Logotipos da Volkswagen: a Agência de Proteção do Meio Ambiente (EPA) dos Estados Unidos acusou, na sexta-feira (18), a empresa de adulterar o desempenho dos motores em termos de emissões de gases poluentes por meio de um software incorporado no veículo
 (Fabian Bimmer/Reuters)

Logotipos da Volkswagen: a Agência de Proteção do Meio Ambiente (EPA) dos Estados Unidos acusou, na sexta-feira (18), a empresa de adulterar o desempenho dos motores em termos de emissões de gases poluentes por meio de um software incorporado no veículo (Fabian Bimmer/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2015 às 12h28.

O grupo alemão Volkswagen anunciou hoje (22) que mais de 11 milhões de carros a diesel em todo o mundo foram equipados com um tipo de motor que poderia distorcer os dados de emissão de gases.

Em comunicado, o grupo faz questão de esclarecer que "os veículos novos do grupo Volkswagen com motores diesel UE 6, atualmente disponíveis na União Europeia, estão em conformidade com os requisitos legais e as normas ambientais", mas que os veículos "com motores tipo EA 189, envolvendo cerca de 11 milhões de automóveis em todo o mundo", poderão ter discrepâncias nos dados das emissões.

A Volkswagen acrescenta que trabalha "intensamente para eliminar as discrepâncias através de medidas técnicas", estando em contato com as autoridades competentes, principalmente da KBA (Autoridade Federal Alemã de Transportes).

A Agência de Proteção do Meio Ambiente (EPA) dos Estados Unidos acusou, na sexta-feira (18),  a empresa de adulterar o desempenho dos motores em termos de emissões de gases poluentes por meio de um software incorporado no veículo.

A alteração pode resultar em multa de até US$ 18 bilhões (cerca de 15,9 bilhões de euros ao câmbio de hoje).

O presidente do grupo Volkswagen, Martin Winterkorn, reconheceu que a empresa adulterou os dados e lamentou no domingo (20) ter "quebrado a confiança" dos clientes e do público em geral, depois das acusações das autoridades norte-americanas.

A marca suspendeu as vendas dos modelos de carros envolvidos, que eram o foco dos esforços de Winterkorn para recuperar mercado nos Estados Unidos.

A estratégia da Volkswagen para o mercado norte-americano passava por vender carros a diesel com motores poderosos e poucas emissões de gases – uma forma de ganhar cota, já que no ano passado as vendas nos Estados Unidos tinham caído 10% para 366.970 unidades.

No entanto, a Volkswagen não especificou quantos modelos estarão afetados pela decisão, mas alguns dos veículos que incluem esse motor são o Golf, Jetta, Beetle da Volkswagen e o Audi A3.

Alemanha

A chanceler alemã, Angela Merkel, pediu nesta terça-feira à Volkswagen que garanta "transparência total" no caso. "Devido à situação difícil, é essencial agora garantir transparência total para esclarecer o assunto", afirmou a chanceler numa coletiva de imprensa em Berlim, ao acrescentar que o ministro dos Transportes alemão, Alexander Dobrindt, tem estado em contato com a empresa. "Espero que os fatos sejam esclarecidos o mais depressa possível", afirmou.

Coreia do Sul

Representantes da Volkswagen foram convocados pelo governo sul-coreano para discutir os testes de emissão de poluentes depois de a fabricante ter sido acusada de manipular os resultados.

“Chamamos os representantes da Volkswagen e os seus engenheiros ao ministério para uma reunião na quarta-feira”, disse o vice-ministro, Park Pan-Kyu.

“Vamos começar a fazer testes, o mais tardar, no próximo mês e anunciar os resultados no final de novembro”, acrescentou.

Segundo Park, é ainda muito cedo para dizer que tipo de medidas punitivas o governo pode aplicar à empresa. Aproximadamente, 59 mil desses modelos estão atualmente nas estradas sul-coreanas, indicou Park.

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