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Volatilidade e cautela fazem XP ajustar garantias

Volatilidade e cautela com processo de impeachment da presidente Dilma na Câmara levaram a XP Investimentos a elevar as garantias exigidas de seus clientes


	XP Investimentos: "devido à forte volatilidade do mercado nos últimos dias, alteramos as garantias", afirmou a maior corretora independente de varejo do país
 (foto/Divulgação)

XP Investimentos: "devido à forte volatilidade do mercado nos últimos dias, alteramos as garantias", afirmou a maior corretora independente de varejo do país (foto/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2016 às 16h52.

São Paulo - Preocupações com a reação do mercado ao resultado da votação sobre abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados no domingo levaram a XP Investimentos a elevar as garantias exigidas de seus clientes a partir desta quinta-feira.

"Devido à forte volatilidade do mercado nos últimos dias, alteramos as garantias", afirmou a maior corretora independente de varejo do país em comunicado distribuído nesta quinta-feira a clientes e ao qual a Reuters teve acesso.

Em outro comunicado, a XP diz que após a abertura de segunda-feira, dia 18, "o comitê de risco definirá se ocorrerá a normalização das exigências de garantias".

Desdobramentos no cenário político, principalmente, ampliaram as oscilações dos preços dos ativos financeiros brasileiros nos primeiros meses do ano, o que explica medidas a fim de reduzir o risco.

De acordo com o diretor Institucional da XP, Carlos Ferreira, a corretora está readequando suas margens às da BM&FBovespa para não correr o risco de ver clientes sofrendo prejuízos expressivos.

"Diante de um cenário binário como a votação do impeachment, trata-se de uma prática natural", afirmou o executivo, lembrando que alguns dos percentuais praticados pela XP estavam abaixo dos exigidos pela BM&FBovespa.

A decisão da corretora leva em conta um cenário de estresse no mercado, em que considera oscilações para cima e para baixo de 14 por cento no dólar e de 18 por cento no Ibovespa.

De acordo com o comunicado aos clientes, a XP elevou os percentuais de garantias para "swing trade", operações em que o investidor fica posicionado poucos dias, para 17 por cento no caso de contratos e mini contratos futuros do Ibovespa e para 12 por cento nos contratos e mini contratos de dólar futuro.

Anteriormente, esses percentuais eram 8 e 6 por cento, respectivamente. Os valores de "day-trade", operações que são abertas e encerradas no mesmo dia, permanecem os mesmos, segundo a corretora.

Para Bovespa, a XP diz que agora trabalha com percentual de 125 por cento do deságio exigido pela bolsa para colocar as ações em garantia, contra 100 por cento anteriormente.

Por exemplo, no caso de Petrobras PN, que possui deságio de 40 por cento, considerando o novo ponderador de 125 por cento, o novo deságio considerado para os clientes da XP será 50 por cento.

A XP tem uma base de cerca de 120 mil clientes, sendo que entre 40 mil e 50 mil são ativos em bolsa.

A Reuters procurou outras oito corretoras sobre eventuais medidas de elevação de garantias exigidas dos clientes e nenhuma delas relatou mudanças nos padrões com vistas à votação na Câmara no próximo domingo.

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