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Vivendi pode congelar venda da GVT após baixas ofertas

Restam apenas duas interessadas na companhia: a DirecTV e um consórcio de empresas de private equity liderado pela KKR


	Técnico da GVT em Campinas: a Vivendi quer entre 7 bilhões a 8 bilhões de euros pela operadora 
 (Kiko Ferrite/EXAME.com)

Técnico da GVT em Campinas: a Vivendi quer entre 7 bilhões a 8 bilhões de euros pela operadora  (Kiko Ferrite/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2013 às 21h41.

Londres/São Paulo - A francesa Vivendi pode congelar a venda de sua companhia brasileira de telefonia e internet de banda larga GVT, já que as ofertas que recebeu têm ficado aquém do preço solicitado de 7 bilhões a 8 bilhões de euros, disseram duas fontes próximas ao assunto à Reuters.

Sobraram apenas dois interessados no processo de ofertas, disseram as fontes. A DirecTV, maior provedora de televisão via satélite dos Estados Unidos, está oferecendo 6 bilhões de euros (7,9 bilhões de dólares) pela GVT, disse uma das fontes. A DirecTV está oferecendo pagar dois terços desse montante em dinheiro e o resto, em ações, acrescentou a fonte.

Um consórcio de companhias de private equity liderado pela KKR está oferecendo até 5 bilhões de euros pela GVT, disseram as fontes. O BTG Pactual, que também analisava a possibilidade de adquirir a companhia, retirou-se do processo, disse a segunda fonte.

A mesma fonte destacou que a Vivendi tenderia a interromper o processo a menos que a oferta seja elevada para mais perto do preço solicitado.

"A Vivendi não está com pressa para vender", disse a fonte.

Analistas estavam divididos sobre o resultado da venda, com alguns dizendo que a Vivendi vai hesitar em vender a GVT a baixo preço e outros apostando que ela vai ceder à pressão e aceitar vender a companhia brasileira antes da reunião de acionistas em 30 de abril, em Paris.

Ligações a um porta-voz da Vivendi baseado em Paris em busca de comentários não foram imediatamente respondidas. Porta-vozes da DirecTV e da KKR não puderam ser imediatamente contatados.


A Vivendi pretende reduzir sua presença em telecomunicações para focar-se mais em ativos de mídia, com o objetivo de impulsionar o preço de sua ação, que tem registrado queda.

A companhia sofre de um chamado "desconto de conglomerado" -- o que significa que investidores avaliam-na a valores menores como um todo por conta da ampla variedade de suas subsidiárias. O papel da Vivendi perdeu cerca de dois quintos de seu valor nos últimos cinco anos.

A companhia decidiu no ano passado vender a GVT como parte de sua revisão de seu portfólio de operações em telefonia móvel, videogames e música. A maior companhia de telecomunicações e mídia da Europa também busca um comprador para sua fatia controladora na Maroc Telecom.

Uma decisão final sobre a venda da GVT não foi tomada ainda.

Um preço de compra de 7 bilhões de euros seria mais do que dobro dos aproximadamente 3 bilhões de euros pagos pela Vivendi em 2009 pela GVT, uma provedora alternativa de serviços de telefonia fixa, banda larga e televisão em 120 cidades brasileiras.

A unidade, que representou investimento total de 2 bilhões de euros para a Vivendi, teve fortes gastos para construir sua rede de fibra de banda larga de alta velocidade.

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