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Vivendi inicia ampla reestruturação com venda da Maroc

Venda será o primeiro grande desinvestimento da companhia em um plano para reduzir a exposição a capital intensivo no setor de telecomunicações

Desinvestimentos da Vivendi: companhia está se desfazendo de uma série de empresas para se concentrar no seu negócio de mídia (Fabrice Dimier/Bloomberg)

Desinvestimentos da Vivendi: companhia está se desfazendo de uma série de empresas para se concentrar no seu negócio de mídia (Fabrice Dimier/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 23 de julho de 2013 às 17h15.

Paris/Dubai - O acordo há muito sinalizado pela Vivendi para vender o controle da Maroc Telecom para a Etisalat, baseada em Abu Dhabi, é apenas o primeiro passo da aposta do conglomerado francês na sua capacidade de se reestruturar como empresa focada em mídia.

A Vivendi disse nesta terça-feira que havia entrado em negociações exclusivas para vender sua participação majoritária na Maroc Telecom para a Etisalat por 4,2 bilhões de euros em dinheiro (5,54 bilhões de dólares).

Quando finalizado, o acordo será o primeiro grande desinvestimento da Vivendi, como parte do plano para reduzir a exposição a capital intensivo no setor de telecomunicações para se concentrar no negócio de mídia.

Às 11h09 (horário de Brasília), as ações da Vivendi subiam 3,03 por cento. Os papéis da Etisalat fecharam o pregão em alta de 1,27 por cento.

Inicialmente, a Vivendi tinha esperanças de conseguir até 5 bilhões de euros pela sua participação, mas o preço mais baixo foi visto como razoável dado o fraco desempenho recente da Maroc Telecom e a duração das negociações, que se arrastavam há meses.

A venda do controle da Maroc é um dos maiores negócios em mercados emergentes fechados este ano. A operação coincide com uma transação ainda maior no setor de telecomunicações na Europa --o acordo de 5 bilhões de euros da grupo holandês KPN para vender sua unidade alemã à concorrente Telefonica Deutschland.

Agora, espera-se que a Vivendi concentre esforços para levantar dinheiro com sua unidades norte-americana de videogames Activision, que ela já tentou, sem sucesso, vender no passado. A tentativa de venda da unidade brasileira de telecomunicações GVT também foi suspensa depois das ofertas frustrarem expectativas.

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