Vítimas da ditadura argentina recorrerão contra Mercedes
"O próximo passo é recorrer a organismos internacionais, pode ser à Corte Interamericana de Direitos Humanos ou diretamente às Nações Unidas", disse advogado
Da Redação
Publicado em 14 de janeiro de 2014 às 17h44.
Familiares de vítimas e ex-trabalhadores da Mercedes-Benz Argentina recorrerão a organismos internacionais contra a montadora alemã, acusada por eles de cumplicidade com a ditadura , após uma decisão contrária da Corte dos Estados Unidos, indicou nesta terça-feira seu representante legal.
"O próximo passo é recorrer a organismos internacionais, pode ser à Corte Interamericana de Direitos Humanos ou diretamente às Nações Unidas", afirmou à AFP Eduardo Fachal, advogado dos parentes dos denunciantes na Argentina.
Fachal, que também trabalhou entre 1974 e 1985 na Mercedes-Benz Argentina e foi líder sindical, manifestou uma "decepção muito grande" com a decisão adversa da Suprema Corte dos Estados Unidos.
A corte americana decidiu nesta terça que a gigante alemã Daimler AG não pode ser responsabilizada na justiça desse país pelas "supostas" violações dos direitos humanos cometidas por sua filial Mercedes na Argentina durante a ditadura (1976/83).
Um grupo de ex-trabalhadores da filial argentina havia apresentado uma queixa acusando a empresa de cumplicidade na detenção e no posterior desaparecimento de 14 funcionários em 1977, identificados pela direção como agitadores.
Os demandantes recorreram a duas leis americanas para serem indenizados por danos morais pela matriz da Mercedes.
Familiares de vítimas e ex-trabalhadores da Mercedes-Benz Argentina recorrerão a organismos internacionais contra a montadora alemã, acusada por eles de cumplicidade com a ditadura , após uma decisão contrária da Corte dos Estados Unidos, indicou nesta terça-feira seu representante legal.
"O próximo passo é recorrer a organismos internacionais, pode ser à Corte Interamericana de Direitos Humanos ou diretamente às Nações Unidas", afirmou à AFP Eduardo Fachal, advogado dos parentes dos denunciantes na Argentina.
Fachal, que também trabalhou entre 1974 e 1985 na Mercedes-Benz Argentina e foi líder sindical, manifestou uma "decepção muito grande" com a decisão adversa da Suprema Corte dos Estados Unidos.
A corte americana decidiu nesta terça que a gigante alemã Daimler AG não pode ser responsabilizada na justiça desse país pelas "supostas" violações dos direitos humanos cometidas por sua filial Mercedes na Argentina durante a ditadura (1976/83).
Um grupo de ex-trabalhadores da filial argentina havia apresentado uma queixa acusando a empresa de cumplicidade na detenção e no posterior desaparecimento de 14 funcionários em 1977, identificados pela direção como agitadores.
Os demandantes recorreram a duas leis americanas para serem indenizados por danos morais pela matriz da Mercedes.