Visitantes observam preços de ações em monitores da BM&FBovespa, em São Paulo: a unit da Via Varejo foi fixada na oferta em R$ 23, abaixo da faixa inicialmente sugerida (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 16 de dezembro de 2013 às 10h51.
São Paulo - O aumento da liquidez da Via Varejo na BM&FBovespa pode atrair o investidor individual para a Bolsa, disse nesta segunda-feira, 16, Edemir Pinto, presidente da bolsa paulista.
Durante evento para comemorar a oferta secundária de units da empresa fruto na união das Casas Bahia e Ponto Frio, Edemir disse que a oferta será muito importante para o aumento da liquidez da companhia.
A Via Varejo já possuía ações negociadas em Bolsa, mas com baixa liquidez, com quase 0,6% de ações em circulação no mercado. Agora, a quantidade será ampliada substancialmente, disse o executivo.
O presidente da BM&FBovespa disse também que a oferta da companhia, a segunda maior de 2013, aconteceu em um momento de muitas incertezas no mercado internacional e também no Brasil, o que reflete a força da empresa. A unit da Via Varejo foi fixada na oferta em R$ 23, abaixo da faixa inicialmente sugerida.
A oferta de units da Via Varejo ocorreu em um "momento um pouco menos amistoso do mercado", admitiu o presidente da companhia de varejo de eletrônicos e eletrodomésticos, Francisco Valim. Ele discursou durante cerimônia da companhia de adesão ao Nível 2 de governança corporativa, na sede da BM&FBovespa.
Apesar do reconhecido clima desfavorável, os papéis estrearam em alta, o que não ocorria há algum tempo com ofertas iniciais no mercado. Na manhã desta segunda-feira, 16, as units da Via Varejo subiam 3,70%, cotadas a R$ 23,92.
A Via Varejo já era uma companhia listada, mas os papéis tinham baixa liquidez, por isso a oferta vem sendo tratada como um re-IPO. A oferta da empresa movimentou até R$ 2,845 bilhões. Os papéis foram precificados em R$ 23, abaixo da faixa inicialmente sugerida, de R$ 25,60 a R$ 33,60.