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Vestas perde encomenda de turbinas pela CPFL Renováveis

Encomenda da CPFL Renováveis, parte da CPFL Energia, foi cancelada por conta de alterações em requisitos para financiamento dos parques no Brasil


	Logo da Vestas: encomenda perdida era equivalente a 10% da produtividade da Vestas para o ano de 2014
 (Christian Ringbæk/AFP)

Logo da Vestas: encomenda perdida era equivalente a 10% da produtividade da Vestas para o ano de 2014 (Christian Ringbæk/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2014 às 13h46.

Copenhague - A fabricante dinamarquesa de turbinas eólicas Vestas Wind Systems perdeu um importante contrato com a CPFL Renováveis ​​ porque não tem os requisitos de produção local necessários para obtenção de financiamento mais barato pela cliente.

A encomenda de 254 megawatts (MW) da CPFL Renováveis, parte da CPFL Energia, foi cancelada devido a alterações em requisitos para financiamento dos parques no Brasil, depois que o contrato já estava acertado, disse a Vestas nesta sexta-feira.

Isso aconteceu um dia depois de a Gamesa ter anunciado que fechou uma encomenda de 220 MW para o mesmo parque eólico localizado no Rio Grande do Norte.

O tamanho da encomenda era equivalente a 10 por cento da lista de encomendas da Vestas para este ano até agora.

O analista do Sydbank Jacob Pedersen disse que a perda do contrato foi um revés significativo para a Vestas, mas não necessariamente incorrerá em uma perda financeira. A Vestas manteve suas metas para 2014 e se recusou a comentar sobre as perspectivas para 2015.

"A Vestas comunicou claramente que este é um incidente isolado", disse o analista Michael Jorgensen do Alm. Brand Bank.

O porta-voz da Vestas, Michael Zarin, disse que o endurecimento de regras para financiamento de equipamentos dentro do Finame, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), afetou os planos da Vestas.

"Tentamos chegar a um acordo (com a CPFL Renováveis) e não fomos capazes de fazê-lo, e numa base amigável decidimos rescindir o contrato", disse ele, que se recusou a comentar mais já que as negociações sobre os termos da rescisão ainda estavam em curso.

A Vestas disse em junho que iria investir até 100 milhões de reais (40 milhões de dólares) para aumentar a produção no Brasil para atender às exigências mais rigorosas do Finame. A empresa dinamarquesa já instalou turbinas com uma capacidade total de 686 megawatts (MW) no Brasil.

A Gamesa, que aumentou seu foco na América Latina durante uma recessão em seu mercado doméstico, já instalou mais de 700 MW e tem encomendas assinadas para mais de 2.000 MW no Brasil.

"Este importante acordo com a CPFL, uma das maiores empresas privadas do setor elétrico brasileiro, consolida ainda mais nossa posição já sólida neste mercado", disse a Gamesa em seu anúncio.

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