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Vendas em filial brasileira ajudam Casino e Carrefour

Até o câmbio - que vinha sendo um peso negativo em trimestres anteriores - passou a contribuir positivamente em alguns casos

Com a variação cambial, a receita da operação brasileira do Carrefour aumentou 25% (Antoine Antoniol/Bloomberg)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de outubro de 2016 às 10h15.

Londres - Na área de varejo, as vendas no Brasil ajudaram os números globais das duas redes de supermercados francesas que atuam no País: Carrefour e Casino, controlador do Grupo Pão de Açúcar (GPA). Além do crescimento de vendas, o câmbio - que vinha sendo um peso negativo em trimestres anteriores - passou a contribuir positivamente em alguns casos.

Se for considerada a variação cambial, a receita da operação brasileira do Carrefour medida em euros aumentou 25% na comparação anual. Da mesma forma, o resultado do Casino na América Latina cresceu 20,8% no trimestre em euros, levando em conta o câmbio.

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O crescimento de receita total do Carrefour no Brasil foi de 16,2% no terceiro trimestre ante igual período de 2015, considerando o câmbio constante e excluindo os postos de gasolina. James Grzinic, analista da Jefferies, salientou o "forte progresso internacional" do grupo.

O GPA cresceu no varejo alimentar 14% no mesmo período. Na sexta-feira, porém, o detalhamento contábil no Brasil, mostrou que o aumento das vendas no País não significaram sinônimo de lucro porque houve queda real nas margens do grupo.

Terceiro lugar

No caso da espanhola Telefônica, o Brasil gerou o terceiro maior volume de receitas consolidadas da empresa, um total de 21%, ficando atrás da matriz (24,8%) e da Telefónica América Latina, que engloba Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru e Venezuela. A controladora da Vivo Brasil destacou que, "apesar da pressão inflacionária" o País apresentou um "excelente desempenho". "Pelo potencial do Brasil, claramente o foco é no crescimento orgânico", disseram executivos da empresa durante teleconferência com analistas realizada na sexta-feira.

Decepção

Já para a alemã Bayer, conglomerado do setor químico, o Brasil deixou a desejar. A empresa revelou um aumento de 6% nos lucros no terceiro trimestre e elevou a previsão de lucro para o ano, resultados impulsionados pela divisão de produtos farmacêuticos. No entanto, as vendas da divisão agrícola tiveram declínio de 1,2% no mesmo período, afetadas pelos baixos preços de grãos, recessão no Brasil e sanções na Rússia. O executivo da empresa Werner Baumann disse que a unidade estava operando em um "ambiente de mercado persistentemente difícil".

O País também foi um empecilho para a AB-Inbev, multinacional de bebidas formada pela fusão entre a belga Interbrew e a brasileira Ambev. Dados divulgados na sexta-feira mostram que os volumes de vendas no terceiro trimestre recuaram com o mercado fraco brasileiro. O fabricante da Budweiser chegou a reduzir sua perspectiva de ganho por ações. No Brasil, a Ambev revisou para baixo sua meta de crescimento das receitas pela segunda vez no ano e disse que o ambiente de consumo deve permanecer desafiador no País. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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