Negócios

Vendas do Magazine Luiza avançam no trimestre

A empresa, segundo Frederico Trajano, em parte foi beneficiada porque a concorrência foi muito machucada pela crise

Magazine Luiza: A empresa, segundo o presidente, em parte foi beneficiada porque a concorrência foi muito machucada pela crise

Magazine Luiza: A empresa, segundo o presidente, em parte foi beneficiada porque a concorrência foi muito machucada pela crise

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de janeiro de 2017 às 11h58.

Última atualização em 17 de julho de 2020 às 18h02.

São Paulo - No mês que vem, quando o Magazine Luiza, a segunda maior varejista de eletrodomésticos e móveis do País, divulgar os resultados do último trimestre de 2016, o desempenho será no sentido oposto da mais profunda e longa recessão que a economia brasileira enfrenta.

"Posso afirmar que fechamos 2016 muito bem e o nosso último trimestre foi melhor do que o último trimestre de 2014, que foi um momento pré-crise", afirmou o presidente da rede varejista, Frederico Trajano. Ele destaca que era "fácil" crescer em relação ao 4º trimestre de 2015, porque a economia já estava mergulhada na recessão.

A empresa, segundo ele, em parte foi beneficiada porque a concorrência foi muito machucada pela crise. "Há muitos concorrentes menores, que perderam mercado porque não tinham liquidez ou condição de compra de produtos", contou.

A outra parte do bom desempenho Trajano atribui ao fato de a varejista ter reduzido custos, tornando-se mais eficiente. No 1º semestre de 2016, a empresa renegociou os contratos de aluguéis e não abriu lojas. As inaugurações ficaram concentradas no 2º semestre e no ano passado inteiro foram abertos 20 pontos de venda, menos da metade da média histórica.

Sem revelar os números do último trimestre de 2016, o presidente da companhia disse que a adoção dessa estratégia resultou no avanço do comércio eletrônico, que respondeu por 25% das vendas da rede no 3º trimestre, e no crescimento marginal do volume de negócios nas lojas físicas.

No 3º trimestre, os resultados divulgados mostraram uma virada: lucro líquido de R$ 24,8 milhões contra prejuízo de R$ 19,1 milhões em 2015.

Trajano acredita que a empresa está muito bem preparada para tirar proveito da recuperação da economia que ele espera para este ano. "Estou moderadamente otimista para 2017."

Liquidação recorde

Uma parte desse otimismo se baseia nos resultados da tradicional liquidação batizada de "fantástica" que a empresa faz pelo 24º ano seguido na primeira sexta-feira de janeiro. No evento de ontem, o faturamento foi recorde, contou Trajano.

Até às 12h30 de ontem, quatro horas antes do mesmo dia da liquidação de 2016, o executivo comemorava que tinha batido as metas de vendas. "As panelas de pressão e os iPhones 6 esgotaram."

A rede vendeu 160 mil panelas de pressão e mais de 500 mil celulares, de todos modelos. Em apenas um dia, a rede vendeu o equivalente a 15 dias normais, na média de todos produtos em oferta.

Para alguns itens, como ventiladores e aparelhos de ar condicionado, as vendas corresponderam ao faturamento de 40 dias.

Trajano atribuiu a venda recorde ao consumo reprimido e observou que a liquidação indica como deve ser o ano: "Quando a liquidação é boa, temos um ano bom pela frente".

Acompanhe tudo sobre:ConcorrênciaConsumoCrescimento econômicoInvestimentos de empresasLiquidaçõesLucroMagazine LuizaVarejoVendas

Mais de Negócios

Nestlé fecha parceria para colocar Kit Kat nas lojas da Brasil Cacau

Da mineração ao café: as iniciativas sustentáveis da Cedro para transformar a indústria

Shopee inaugura seu primeiro centro logístico em Manaus

Ex de Bezos doou US$ 2 bilhões em 2024 — valor total nos últimos anos chega a US$ 19,3 bi