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Vendas de veículos seguem em queda no ano apesar do aumento do crédito

A retomada gradual dos emplacamentos não tem sido suficiente para compensar a retração ocasionada pela pandemia

Vendas de veículos se recuperam, mas aquém do esperado (Paulo Whitaker/Reuters)

Vendas de veículos se recuperam, mas aquém do esperado (Paulo Whitaker/Reuters)

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Juliana Estigarribia

Publicado em 2 de setembro de 2020 às 11h55.

Última atualização em 2 de setembro de 2020 às 13h15.

Embora a oferta de crédito automotivo esteja em alta, as vendas do setor continuam em queda no acumulado do ano, informou nesta quarta-feira, 02, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). De janeiro a agosto, os emplacamentos de automóveis e comerciais leves recuaram 35,7%, para 1,09 milhão de unidades.

O índice de aprovação cadastral de financiamentos automotivos gira em torno de 70%, atualmente, segundo Alarico Assumpção Junior, presidente da Fenabrave. No entanto, as incertezas da pandemia continuam sendo uma barreira para a retomada plena das vendas.

Em agosto, o setor registrou retomada em relação ao mês anterior, com alta de  6,4% das vendas, para 173.544 unidades. Na comparação anual, entretanto, houve queda de 24,7%.

De acordo com Assumpção Jr, uma conjunção de fatores contribuiu para que o mercado de automóveis e comerciais leves reagisse positivamente na comparação com julho. “A manutenção da taxa Selic em níveis baixos tem estimulado a compra de carros", avalia.

Veículos pesados

Os emplacamentos de caminhões em agosto recuaram 15,23% sobre julho, para 8.072 unidades. Na comparação anual, a queda foi de 15,73%. No acumulado de janeiro a agosto, houve retração de 15,63%, para 55.213 unidades.

“O mercado de caminhões não foi melhor no período devido a entraves enfrentados pelas montadoras, que sofrem com a falta de componentes importados", diz o dirigente. Por outro lado, ele relata que a taxa de aprovação de crédito no segmento está em alta, em torno de 70%.

O segmento de ônibus foi amplamente afetado pela quarentena, com impactos na renovação de frotas urbanas e rodoviárias. Em agosto, os emplacamentos somaram 1.777 unidades, queda de 6,13% sobre julho. Na comparação anual, houve declínio de 34,%, para 11.546 unidades.

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