Venda de veículos perde tração e acumula queda de 30% no ano
Após um desempenho acima do esperado em setembro, as concessionárias voltaram a registar um crescimento tímido em outubro
Juliana Estigarribia
Publicado em 4 de novembro de 2020 às 10h17.
Última atualização em 4 de novembro de 2020 às 10h33.
Após um desempenho acima do esperado em setembro, as vendas de veículos voltaram a perder tração em outubro, com um avanço de apenas 3,5% sobre o mês anterior. Diante desse resultado, as perdas acumuladas no ano atingiram 30%, segundo a Fenabrave, entidade que reúne as concessionárias.
Em outubro, os emplacamentos de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus somaram 215.053 unidades, queda de 15,1% na comparação anual. No acumulado do ano, as vendas totalizaram 1,58 milhão de unidades.
De janeiro a outubro, as vendas diretas (também conhecidas como corporativas) mantiveram a trajetória de crescimento no total emplacado, atingindo 43,8%. Isso significa que as montadoras continuaram entregando maiores volumes para frotistas, principalmente as locadoras de veículos, para manter minimamente os níveis de produção.
Apesar da retração no acumulado do ano, outubro foi o melhor mês de 2020 para o setor, afirma a entidade. “Isso reforça a nossa expectativa de retomada para o mercado de automóveis e comerciais leves. Notamos que os clientes estão mais confiantes e tomando a decisão de compra, que é facilitada pela maior oferta de crédito”, afirma Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave.
De janeiro a outubro, a General Motors manteve a liderança das vendas de automóveis e comerciais leves, mas por uma diferença ínfima em relação à Volkswagen, de apenas 0,1 ponto percentual, totalizando 17,1%. Fiat vem em terceiro no ranking, com 16,13% de share.
Já nas vendas diretas, a Fiat liderou o mercado com 22,5% de participação, seguida da Volkswagen, com 20,7% de market share. GM vem em terceiro lugar, com 13,2%.