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Venda de móveis usados e valorização do cliente sem carro – a IKEA soube se reinventar

Gigante do setor comprou shoppings, abriu lojas perto de clientes e quer ser mais 'verde'

Desde 2016, a empresa expandiu suas vendas em um terço (picture alliance / Colaborador/Getty Images)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 9 de setembro de 2024 às 09h35.

Os produtos baratos da sueca IKEA a tornaram a maior empresa de móveis do mundo, com € 48 bilhões (US$ 53 bilhões) em vendas anuais no ano passado. A empresa controla 9% do mercado global.

Em um esforço para continuar crescendo, ela tem investido em seu comércio eletrônico e criado novos formatos de loja.Seu experimento mais recente, em móveis de segunda mão, pode ajudá-la a ficar maior e mais sustentável do ponto de vista econômico e ambiental.

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De acordo com reportagem da Economist, a IKEA tem se esforçado para tornar a compra de seus produtos mais conveniente, principalmente para clientes sem carro. Por mais que gostem de passear por uma de suas lojas, muitos compradores não podem passar muitas horas olhando cadeiras e mesas. Por isso,as vendas online, que a empresa demorou a adotar inicialmente, têm sido uma prioridade desde a pandemia da covid-19, quando quase todas as lojas da IKEA foram fechadas. Elas agora representam 23% do total.

A IKEA também tem movido suas lojas para mais perto dos clientes e também direcionado unidades para locais menores. Por outro lado, em julho, a IKEA investiu em uma torre que está sendo construída na Quinta Avenida de Manhattan. Também será inaugurada uma loja na na Oxford Street, no centro de Londres, no ano que vem.

A empresa também tem comprado shoppings. Em novembro passado, a INGKA (dona da maioria das lojas da IKEA, mas não de sua propriedade intelectual) comprou a Churchill Square, o principal shopping center de Brighton, no sul da Inglaterra. Ela abrirá uma loja em um local antes ocupado pela Debenhams, uma loja de departamentos falida.

Empresa mais 'verde'

A gigante do comércio de móveis não para de se reinventar. Anunciou recentemente uma plataforma para pessoas venderem seus móveis usados, começando com testes em Oslo e Madri que durarão até dezembro, antes de um lançamento mundial para 2025, segundo a revista britânica.

Vale destacar que os clientes da IKEA já podem vender seus móveis nas lojas da empresa, um serviço que mais de 200.000 clientes usaram no ano passado, o dobro de 2022. A nova  plataforma de usados ​​da empresa permitirá que as pessoas passem seus móveis antigos diretamente para novos compradores. A IKEA fornecerá preços recomendados, fotos genéricas e detalhes do produto (incluindo, principalmente, instruções de montagem). Os vendedores podem então adicionar suas próprias fotos e escolher seu preço.

Até o momento de testes, os produtos da IKEA já respondem por cerca de um terço das vendas de móveis usados.

Além de impulsionar as vendas, a plataforma deve ajudar a IKEA em direção a outra de suas ambições: ser mais verde. Desde 2016, a empresa expandiu suas vendas em um terço, mas reduziu as emissões de carbono de suas operações pela metade e de sua cadeia de suprimentos em 20%. 80% da energia consumida por suas lojas e fábricas agora são de fontes renováveis. Na Alemanha, seu maior mercado fora de seu país de origem, ela opera 23 usinas solares e cinco parques eólicos (ela vende seu excesso de energia para a rede).

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